Nós, curitibanos, nos envaidecemos da educação do povo e dos avanços urbanísticos da cidade.
A educação tem a ver com o amálgama cultural da cidade, pois mesmo considerando que mais da metade da população não nasceu aqui, essa é uma característica bem presente.
O orgulho da cidade se consolidou após as gestões do Jaime Lerner como Prefeito, através de uma abordagem inovadora, sustentada pelo conceito da qualidade de vida acima de qualquer outra condição. É o sentimento de “pertinência” de que ele nos falava.
Apesar disso e talvez por conta da correria da vida, de um tempo para cá se percebe que algumas pessoas estão perdendo a noção de civilidade.
Concluí isso há poucos dias, no trânsito: – dirigia em rua cortada por travessia de pedestres e percebi que um pouco adiante um casal se preparava para atravessá-la; o homem segurava uma criança pelas mãos, e a mulher, grávida, caminhava um pouco atrás.
Como faço comumente, reduzi a velocidade e liguei o pisca-alerta para chamar a atenção dos demais motoristas. No sentido contrário vinha um automóvel com certa velocidade e dei sinal de luz para alertá-lo.
Foi inútil.
O cara deve ter achado que o sinal de luz e o pisca-alerta eram um convite para amizade no Facebook ou algo assim. Passou reto e veloz.
Levou com ele minha reprovação, a saudade de uma Curitiba cordial e, mesmo silenciosas, minhas referências desabonadoras à mãe dele.
Leia outras colunas do Gerson Guelmann aqui.
3 Comentários
Este motorista nós CHAMAMOS aqui em Curitiba de “ANTA”.
Já levei buzinada por parar antes de uma travessia elevada. Tenho ido bastante a Santa Catarina e lá os motoristas respeitam as faixas de pedestres. Param e ligam o pisca alerta.
Os tempos mudaram…..para muito pior…