Imagine que todas às vezes, ao realizar um exame de imagem, você recebe um parecer imediato do médico. Um belo dia, você faz um exame diferente e não recebe resposta alguma. Que conclusão você tiraria disso? Se você sofre com pensamentos disfuncionais, provavelmente catastrofizaria a situação, julgando que seu exame apontou algo extremamente ruim e por este motivo, o médico optou por não dar uma explicação imediata.

Cerca de 90% das pessoas relatam conviver com pensamentos verbais e você pode estar dentro dessa estatística. Estes pensamentos, quando são distorcidos – ou seja, causam sofrimento – precisam ser questionados. Contestar pensamentos não é uma prática comum, mas quando aprendemos a realizar essa atividade e identificamos as distorções, conseguimos lida-los com mais efetividade e evitamos sofrimento desnecessário. Ao questionar um pensamento como o do exemplo acima, provavelmente descobriremos que ele não tinha evidências suficientes e ainda poderíamos substituí-lo por pensamentos alternativos como: “Se fosse algo sério, eu seria avisado; nem todos os médicos esclarecem imediatamente; está tudo bem, estou seguro e amparado.” As perguntas que devem ser feitas ao questioná-los são: -”Por que eu tive esse pensamento?”, “Que evidencia tenho de que esse pensamento é verdade?” e ainda “Que pensamento alternativo posso usar para substituir o pensamento disfuncional?”.

Sendo assim, ao refutá-lo, evitamos tomar decisões equivocadas, proporcionando insights sobre o porquê nos comportamos de certa maneira e o que pode estar impedindo o sucesso do nosso negócio ou o alcance de objetivos pessoais.

Leia outras colunas da Hag Schultz aqui.

André Lopes