Dando continuidade às histórias das casas da Avenida Batel, vou falar dessa que fica na esquina das ruas Visconde de Guarapuava com a Bruno Filgueira.
Bom, vou falar o que eu sei e me vem à memória e não é nada relacionado à arquitetura ou ao período histórico em que a casa foi construída.
Vou falar de uma família que habitava uma linda casa!
Aliás, gosto de ver esses casarões e saber que foram lares. E que ali viveram famílias.
Só lembro de ter entrado nesta casa uma vez e estavam brincando no chão duas menininhas gêmeas. A mãe um amor de pessoa e o pai também, sentado numa poltrona.
Minha melhor amiga era bem amiga de uma das moças que morava nessa casa.
Lembro que ela tinha um cabelo cheio, bonito, temperamento mais reservado.
Já era mocinha quando a mãe ficou grávida das gêmeas.
Achava o máximo ter irmã bebê em casa assim depois de grande, ainda mais gêmeas!
Era uma família enorme – mesmo para os padrões do nosso tempo – quando as famílias chegavam, se muito, a 4 filhos!
O irmão dela namorava a filha do dono do Shopping Mueller (foi construído depois mas já era conhecido por ser bem rico).
Casa grande, família grande, não demoliram e que maravilha.
E agora falei com a minha velha amiga e ela disse que os pais já faleceram e que as gêmeas estão com 46 anos!
Aí eu quase caí da cadeira! Como o tempo passou! Não sei se depressa ou não.
Mas passou. Muitos que existiam não existem mais. É isso aí.
Mas voltando à casa. Já não é da familia. Os atuais proprietários são alguns dos donos do condomínio que fica atrás, na Bruno Filgueira.
Compraram para não perder o sol.
Muito obrigada a esses gentis proprietários.
Os curitibanos agradecem e que o sol nunca deixe de brilhar para vocês. E também para a família Petrelli que lutou para preservar o imóvel e para todas as pessoas do mundo!
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