• Cabia em uma folha.
• Temos a constatação que desde sempre, Curitiba teve abundância de “pharmacias”. Só mudou a grafia.
• Seguia a sequência numérica dos telefones e não a ordem alfabética.
• Interessante que os primeiros números não eram necessariamente os mais importantes: O número 1 era da Companhia Telephonica; o número 2 era da Caixa d’ Água; o 3 era do Senhor Queiroz Cunha; e o número 4 da Confeitaria Romanó. Com certeza, o número da Confeitaria do meu bisavô não era mais importante que o telefone da Chefatura da Polícia. Mas curiosamente ficava antes até do número do Palácio da Presidência e do Gabinete do Presidente.
• Curioso que não constava na lista o número do Corpo de Bombeiros. – Como será que chamavam? Sei que no pátio onde era os Bombeiros havia uma torre bem alta e como não havia prédios( só alguns casarões de 3 pavimentos), a cidade podia ser avistada até o horizonte em 360 graus.
• Ao pé da folha da Lista Telefônica havia reclames de bebida alcóolica e de charutos. E eram propagandas bem enfáticas: – Bebam Antárctica!
• Fumem charutos Dannemann!!! Quase uma ordem. Tempos sem mimimi.
• As senhoras viúvas nem tinham nome próprio. Eram citadas através do nome do marido (5 e 23).
• Vários distintos senhores, que na época já possuíam linha telefônica, hoje são nomes de ruas e praças: Carmelo Rangel, Generoso Marques, Afonso Camargo, Tobias de Macedo, Moreira Garcez.
• Em 1915, os telefones alcançavam 3 digitos. Hoje, com o DDI + DDD e mais os algarismos de um celular, chegam a 13.
• Havia cocheiras com telefones em ruas próximas ao Centro porque naquela época, não existia Uber, Taxi,…e nem carros. Quando uma filha ia casar , o pai da noiva alugava a carruagem para a chegada da noiva na igreja. Se precisasse fazer mudanças ou transportar itens pesados e volumosos, tinha que alugar uma charrete ou carroça nas cocheiras.
• Interessante que o número 42 consta como “vago”.
• Alguns órgãos públicos tinham nomes curiosos como: – Chefatura da Polícia, Hospício de Allenados, Empreza de Mensageiros. Será que essa última se assemelhava aos Correios?
• Como deveria ser complicado fazer uma ligação, uma vez que era somente através de telefonista e poucos possuíam linha telefônica. Porém, imagino que nada que se compare à maratona interminável que hoje em dia se enfrenta quando se quer fazer o cancelamento de um pacote Net/Claro ou GVT/Vivo. Se naqueles tempos o cidadão tinha que aguardar a ligação ser completada, algo que podia levar muitas horas, era até compreensível pelas dificuldades de outrora. Mas hoje, mesmo com toda a tecnologia disponível, a pessoa tem que ter paciência de Jó para não perder a sensatez, se vendo obrigada a clicar infinitos números, ouvir inúmeras mensagens gravadas e ser transferida para vários atendentes, tendo que reiniciar a conversa do zero a cada vez. E ainda engolir a raiva quando a ligação simplesmente “cai”.
O que me leva a pensar que após um século, a tecnologia muito evoluiu e as relações humanas regrediram.
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Hospício de alienados
Adorei essas curiosidades!
Uma cidade totalmente diferente dos dias de hoje.
Como estaremos daqui 100 anos?
Muito curioso! Parabéns!