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05/05/2024

A quem compete reagir a imoralidade?

Para quem deseja um dia ver um Projeto de País consistente, moderno, inovador e convergente, precisar observar ainda sendo possível a imoralidade esfregar a sua petulância nos rostos dos cidadãos, é algo que traz sérias reflexões e inquietudes. É como se o conceito de República fosse torturado diariamente por corruptos nefastos (como de fato são) para se transformar, ela a República, na pretendida Ditadura da Corrupção, da Falta de Princípios e Valores e da Imoralidade Perversa.

 

A forma contundente como começamos este artigo é justificável, caro (a) leitor (a), diante dos absurdos concretizados em nossa Nação como um todo e no Paraná em particular. Como podemos nos conformar diante de imoralidade comprovada, tantas vezes povoando o noticiário? Como podemos imaginar que em alguns casos a legalidade anule a imoralidade e a corrupção praticada? Como, nós, verdadeiros protagonistas da República, podemos achar normal tantos escândalos?

 

Em muitas polêmicas, temos visto uma narrativa de que perante a Justiça nada se deve, mesmo que tenha confessado corrupção ou que haja comprovação. As delações premiadas, nesse aspecto, tornam o enredo ainda mais entojado. E como não se lembrar de casos emblemáticos? Mas também há aqueles que discretamente passam pelos nossos olhos, como aumentos salariais no setor público quando o País amargura problemas econômicos graves, ou ainda a criação de novas vagas no serviço público, quando a iniciativa privada enxuga posições e tenta otimizar seus recursos.

 

O que desejamos, caro (a) leitor (a), não é pessoalizar a imoralidade e a corrupção, mas, usar este espaço para manifestarmo-nos a favor da moralidade, sempre. Entendemos que se houvesse o mínimo compromisso moral das nossas Instituições Estabelecidas, o respeito real à República (que é formada por nós cidadãos), um desfecho duro e exemplar seria dado para todo caso de imoralidade, mostrando que, mesmo que envolta em suposta legalidade, é incompatível a permanência de um corrupto confesso numa função que demanda lisura e compromisso público.

 

Mas o que esperar em tempos tão esquisitos e desafiadores? O que esperar de um País que, vivenciando uma das maiores e mais estruturadas ações anticorrupção da história mundial, a Lava Jato, optou por desmoralizar aqueles que se doaram pelo exercício de suas funções na execução da Justiça, e elevar os que condenados foram, culpados se demonstraram, e cínicos ainda são? O que esperar de um Brasil que propicia privilégios absurdos criando verdadeiras castas alheias à realidade, acima do Povo, ao invés de a serviço deste mesmo Povo? O que imaginar de uma Nação que se vive num concubinato com escórias da cena das Nações? O que pensar de um Estado que pune os que produzem, que fica cada vez maior, mais lento, mais ineficaz e mais desnecessário?

 

Desconheço suas conclusões, caro (a) leitor (a), sobre as dúvidas levantadas e gostaria de tê-las nos comentários, mas o que desejamos é fugir do pessimismo ou do queixume paralisante. É fundamental que estejamos sempre ao lado da moralidade, do que é certo. Inexiste meio moral, inexiste meio certo, inexiste meio ético. É preciso integralidade! E, nós precisamos agir e fugir do comodismo.

 

Precisamos ter a certeza de que é anormal ver tantos exemplos imorais nos mais diversos âmbitos da nossa capenga República. Como todo poder emana do Povo, precisamos, pelos meios constitucionais existentes, trazer nossa Nação para os trilhos que desejamos, estruturando o Projeto de País que queremos, e expurgando todos os que estão do outro lado da linha, comprometidos com a corrupção, com a hipocrisia, com a perfídia.

 

O passo inicial é falarmos abertamente sobre e nos posicionarmos sempre em prol do que é certo, mesmo que seja aumento salarial para a categoria ao qual você pertença. Nesse sentido, um parêntese, o corporativismo é sempre nebuloso e emburrecedor, como o que, no poder judiciário, diante de erros graves de um magistrado, o “pune” (isso, com muitas aspas) com aposentadoria compulsória. E, a partir dessa nossa consciência, podemos usar os instrumentos que temos para fazer nossa vontade prevalecer.

 

Eu acredito no Brasil. Eu acredito no Povo Brasileiro. Sempre é tempo de reestabelecer o que é bom. Sempre é tempo de construir o que queremos. Que os imorais e corruptos caiam na mais profunda e desmoralizadora rejeição e que lá permaneçam, deixando o Brasil ser guiado pela Moralidade irrestrita e por um Projeto de País!

 

Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.

13 Comments

  • Muito obrigado pela interação positiva de todos vocês. Sigamos juntos fazendo o futuro que queremos. Abraços

  • Excelente abordagem. O combate a imoralidade é fundamental a um Projeto de País. Como a situação nos enoja, devemos também combater o comodismo. Parabéns Luiz Mario.

  • Parabéns irmão Luccheta, excelente comentário, não podemos continuar passivos.

  • Obrigado Luchetta por nos manter pensantes e atrinuir-nos a nossa obrigação de melhorar este país. Ainda que neste momento esteja quase tudo em contra, creio que podemos criar meios para fazer deste país uma bela República.

  • Parabéns Ir:. Luchetta, pela pintura de tão verdadeiro quadro de nossa capenga república (como dito), demonstrando ser a situação atual, catastrófica do ponto de vista moral e ético, onde nem o “confessado”, vale mais, com respingos na nossa frágil economia, infelizmente.
    Não sou tão otimista.
    Com o mau exemplo do executivo, as forças armadas e o judiciário, totalmente aparelhados e o legislativo inerte, a espera das emendas secretas, a luz no fim do túnel
    está próxima do infinito, ou seja, inalcançável.
    Queira Ele, que eu esteja errado. Abs.

  • O que eu quero meu irmão é que a Maçonaria, que somos nós, seja (mos) protagonista (s) de um levante diante de um desgoverno e de um judiciário encabeçado pelo fédido STF. Não ficarmos nos heróis de um passado muito distante. Há algum Maçom hj, como do passado? Haverá algum Maçom que vai dar início ao levante? Contem comigo!

  • Belíssima e contundente reflexão, prezado Luís Mário Luchetta.

    Para além do nosso sentimento de indignação, contamos hoje com algum movimento/organização político-social, que possa aglutinar e organizar indivíduos em prol de ações práticas que possam contribuir na edificação de Projeto de Pais nos moldes da moralidade, da ordem, da ética, e da justiça?

    Um forte e fraternal abraço, atrelado aos meus mais sinceros votos de resiliência e sucesso nessa empreitada de conscientização político-social da qual nossa nação tanto carece.

    Patryck Rocha de Souza

    • Sim meu Caro, pode me chamar diretamente e te explico. Abraços

  • Excelente tema , Prezado Luchetta

    Precisamos olhar em volta de nós mesmos, e despertar o cidadão , para a situação caótica que estamos vivendo

    O Brasileiro acostumou a se acomodar quando o problema não é com ele ,ou com os próximos a ele.

  • Concordo com tudo o que você escreveu, prezado Luchetta. Só espero que não ache que a tal moralidade desejada está em uma direita radical, liderada por um louco desvairado, apoiado por pessoas que sacam armas a torto e a direito no meio da rua, e que querem uma ditadura militar.

    • Estamos alinhados meu Caro, já escrevemos sobre isso também, temos que ter renovação e acreditamos que começa pelo legislativo, e temos oportunidade neste ano na escolha dos vereadores, tão importantes ou mais que o executivo.

  • O Texto traduz a realidade, uma completa disfunção que o País vive, leis para tudo, mas o básico (C.F. 88. Art. 37 (Moralidade)) é ignorado mesmo quando há confissão com digital. Parabéns pela reflexão, estrutura e conclusão.

  • Muito boa a reflexão. Os cidadãos de bem deveriam por a mão na consciência, independentemente de preferência partidária e, ter completa noção do que está acontecendo nosso pais. Uma completa inversão de valores. Um judiciário que tem lado. Não interessa a constituição. Parabéns.

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