HojePR

HOJEPR LOGO
Siga no WhatsApp
Pesquisar

27/07/2024

luis mario luchetta

A transformação social dispensa o ódio e a intolerância

transformação

Imagine que você é um construtor da Idade Média. Você olha ao seu redor e vê uma pedra tosca, cheia de imperfeições, e enxerga nela o potencial de, se lapidada, ter mais utilidade ou até mesmo utilidades, no plural. Seus olhos se direcionam para o lado e enxerga mais pedras no mesmo estado e, então, você percebe que se todas elas fossem polidas e preparadas poderiam ser usadas para construir algo útil, belo e dignificante.

Séculos atrás, os Maçons faziam exatamente isso. Eram primorosos pedreiros, que dominavam a arte de construir. Tinham a fantástica capacidade de projetar belas edificações e de trazê-las para a realidade. Visitando a Europa, muitas dessas obras, normalmente catedrais, podem ser conhecidas e levar a pensar como, em tempos tão distantes, complexas construções puderam ser feitas de forma tão primorosa.

Seguindo nesse nosso exercício de imaginação, projete em sua mente a hipótese de, na ânsia de construírem esses Edifícios, esses construtores apostassem na brutalidade. As pedras imperfeitas, manejadas com força exacerbada, sem a aplicação da inteligência, suportariam? Da mesma forma, se o construtor se omitisse de colocar a energia necessária para retirar as asperezas, haveria o resultado almejado? Nem muita força, nem pouca força, o que importava era estudar cada pedra e trabalhar nela do jeito certo.

Agora, vamos trazer para a atualidade, em que os Maçons trabalham simbolicamente na construção de um Edifício Social melhor, almejado, certamente, por todos. Como vamos lapidar as pedras que existem na Sociedade e que vão formar essa estrutura? Como vamos desafiar o que existe e construir algo novo, inacreditavelmente bom? O que precisamos fazer para sermos protagonistas nessa construção? E como fazer? O ódio pode ser uma ferramenta para a construção que almejamos? A intolerância pode gerar a transformação social que queremos?

Entendemos que é fundamental, caro (a) leitor (a), o querer agir. Esse é o passo primordial, assim como, no passado, o querer construir era o movimento desencadeador de todo o resto para materializar obras suntuosas. Se de fato atingimos essa vontade real de ação, precisamos ter clareza do como fazer. E aqui entram inúmeras possibilidades, algumas deixarão mais demorado o resultado, outras podem antecipar, todas com prós e contras. Nesse contexto, certamente fica inconcebível ter o ódio e a intolerância, em qualquer medida que seja.

A transformação da Sociedade, em nosso ponto de vista, passa necessariamente pela nossa capacidade de vivermos com a diferença e, mesmo com ela, conseguirmos convergir em intenções e avançar construindo um Edifício Social melhor para todos. Vamos ter pedras diferentes, mas que, nem por isso, serão inúteis ou desprezadas no processo de construção. Se as compreendermos, vamos conseguir ajustar a convivência e preencher as diferenças com a argamassa da concórdia e da união. Fazendo assim, o Edifício que queremos terá mais capacidade de cumprir o seu objetivo. E se, de fato, uma pedra estiver muito desalinhada para o que é preciso, cabe a lapidação carregada de empatia e coragem, por meio do exemplo.

Temos enxergado, caro (a) leitor (a), muitos desafios batendo em nossa porta e se a divisão prosperar, junto com ela também prosperará o mal que está corroendo a nossa Sociedade e nossos direitos. Está na hora de um despertar para a ação, com polidez e fidalguia, mas com muita coragem e determinação. A obra é difícil. A obra é desafiadora. Mas se assumirmos o protagonismo, os resultados virão.

Vamos transformar a Sociedade!

 

Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.

9 Comentários

  • Muito obrigado pela gentileza da manifestação de todos vocês. Sigamos juntos fazendo o futuro que queremos!!!

  • Sem dúvidas, este texto expressa uma oportuna reflexão sobre o papel das pessoas de bem. Que sejamos firmes em nossas convicções e suave em nossas relações humanas. Assim nos ensina o Mestre dos mestres.
    Parabéns Eminente e obrigado por compartilhar conosco tua sabedoria.

  • A Maçonaria é uma instituição secular que preza pela liberdade de expressão, igualdade de direitos e tolerância! Somente seguindo esses princípios poderemos construir uma sociedade com menos desigualdade e consequentemente mais justa e próspera!

  • Os omissos contribuiem com o mal. Realmente os desafios estão batendo nossa porta. O Brasil precisa de cada cidadão de bem.

  • Como esperado o artigo é muito bom. Entretanto tenho lido que se tivermos protagonismo teremos resultados. Sabemos que temos pessoas na sociedade gabaritadas e até com recursos para fazer e incentivar protagonismo. Por que o não fazem? Será que tem o receio de serem punidos pela iniciativa? Ou será que receiam o estelionato por pessoas sempre de plantão para se valer de obras alheias? Por exemplo a Câmara dos Vereadores da cidade de Nova Roma homenageando o líder que conseguiu reunir a população na construção da nova ponte que está resistindo às enchentes do Rio Grande do Sul. É esse o trabalho de vereadores mestres em dar nomes a ruas, homenagear outras pessoas que não merecem os votos de quem esperava ações voltadas para a melhoria de vida dos cidadãos?

    • Perfeita sua constatação, acredito que é um misto de medo/insegurança(de perder o emprego, de perder o cargo de confiança, de ser expurgado das redes sociais, como muitos exemplos), de comodidade, de falta de liderança e de falta de educação, agora em especial a da baixa qualidade dos representantes da população nos poderes legislativos, o que também é natural reflexo do misto acima.

  • Maduro e instrutivo. Não podemos desperdiçar nenhuma pessoa. Todos são importantes partícipes na construção de uma sociedade melhor. Parabéns.

  • Excelente artigo para leitura e nossa reflexão… desperta necessidade de iniciativas, ação.

  • Parabéns Eminente, temos que agir e urgente!

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *