Fico imaginando o quanto a humanidade se assustou nos momentos mais transformadores de sua existência. O medo do desconhecido é algo intrínseco ao ser humano e isso se potencializa quando está no centro a sua existência e sua capacidade de viver com dignidade e bem-estar. E é importante que haja realmente gatilhos de sobrevivência, mas também é relevante que se pondere até que ponto devemos nos blindar às transformações.
Há muitas tecnologias disponíveis para a informação e automação dos processos de gestão. A Inteligência Artificial (IA), que já é uma realidade, tem sido uma aliada no avanço empresarial. Há quem interprete, talvez pelo gatilho da sobrevivência, que a IA substituirá a inteligência humana, o que imaginamos ser um grande equívoco. Visualizamos a IA como uma ferramenta que, a partir dos dados existentes, traz resumos e experiências que podem agilizar o trabalho do especialista, mas jamais substituí-lo.
Temos a concepção de que aqueles que pensam o contrário se frustrarão muito antes do que possam imaginar. Ou seja, tecnologia é recurso, jamais solução, e isso vale para todas as tecnologias. Essa análise fazemos vivendo no setor e tendo já acompanhado alguns importantes movimentos de transformação. Agora, torna-se muito cristalino que é preciso sim discutir sobre o tema e que tenhamos capacidade de perceber os passos que estão sendo dados para que, enquanto Sociedade, possamos decidir o que desejamos para nós. O que é indispensável, nesse sentido, é que a discussão seja sempre técnica, embasada.
Outro ponto que destacamos sobre essa temática é a necessidade de uma estratégia. Já falamos aqui o quanto o Brasil sofre pela falta de um projeto de país. Certamente, se tivéssemos esse planejamento estratégico da nossa Nação visualizaríamos melhor como encaixaríamos a Inteligência Artificial e tantos outros possíveis recursos para a grandeza nacional e o bem-estar coletivo. Estamos sempre, enquanto País, discutindo sem rumo, sem direção e esse é o grande perigo para todas as áreas e para todos os temas. Isso vale para as entidades, que precisam urgentemente de planejamento estratégico, se ainda não tiverem, pois assim poderão também se posicionar e contribuir com rumos claros.
Bem, como o (a) leitor (a) já deve ter percebido, nossos artigos buscam sempre instigar, provocar e evitamos viés taxativo, porque acreditamos que nosso propósito precisa ser plantar sementes de reflexão e discussão. Portanto, quando se fala em Inteligência Artificial, a discussão pode avançar muito e gostaríamos de ver os comentários dos (as) leitores (as) sobre essa temática. Assim como queremos que visualizemos sempre todos os temas e abordagens conectados com a urgência de planejar nosso País. Afinal, todos os caminhos precisam levar para a virada de chave que pode colocar o Brasil no lugar que lhe é de direito, como uma grande e inigualável potência mundial.
Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.
11 Comments
Caríssimo amigo Luchetta,
Parabéns pelo artigo. Um belo convite a reflexão sobre a IA, oportunidades perdidas, nação, planejamento estratégico e líderes políticos fracos e sem visão de futuro. O nosso problema, o problema do Brasil passa distante de dúvidas quanto a uma potencial ameaça do emprego da IA, mas sim, a baixa frequência de ótimos líderes políticos no poder, sábios, vocacionados e com apetite para retirar o país do caminho do atraso e o colocar no do desenvolvimento sustentável.
Quem somos?
Para onde queremos ir?
Quais os nossos pontos fortes e nossos pontos fracos?
Sabemos quais os riscos e as oportunidades?
Respondendo a estes questionamentos e a muitos outros e, tendo na direção do país pessoas com vontade de mudar o futuro, certamente, poderemos montar o tão sonhado planejamento estratégico de Nação.
A inteligência artificial poderá ser e dar o suporte técnico necessário para a consecução dos objetivos e metas de desenvolvimento econômico e social.
É preciso avançar muito para o casamento da inteligência humana comprometida com o que é certo é bom para com a sociedade com o AI.
Boa reflexão para todos amigo Luchetta.
Prezado Luis M Luchetta, mais uma vez testando nossos neurônios rs. Dessa vez sobre IA. Sou daqueles que defendem a melhoria da casa, da rua, do bairro, da cidade, do Estado, do Pais, ate chegar no universo. Penso que o IA ja e realidade (tenho uma Alexa, e ela me auxilia em assuntos que eu levaria um tempo pra pesquisar etc..). Eu imagino a IA sendo usada integralmente pelos órgãos públicos em atendimento a População, diminuíndo os desgastes que passamos. Imagino que MARCAR uma consulta numa UPA poderia ser feita pela IA – ISSO EM TODAS AS CIDADES..imaginem a economia de tempo e de desgaste que teríamos. Citei esse exemplo mas penso que poderia ser usada em grande escala em vários setores: Educacao, Transporte, Segurança, Saude…ha algumas cidades que ja usam mas penso que deveria ser INSTITUICIONAL, abrangendo todo o território nacional, etc.. Evidente que as empresas e a ciência seguirão os caminhos normais e a cada dia mais a utilizarao e a desenvolverao. Isso nao tem volta.
Meu querido Irmão e amigo… acho que o vocábulo que me resume atualmente é assustado 🫢.
Apaixonado que sou por Ufologia que sou ( apesar de aprendiz ) impressionado com recém informações de autoridades americanas sobre UAPs ( antes chamados UFO ou OVNI)…
Temperaturas Europa e Canadá/EUA (acima de 50 graus Celcius)🫢.
Empresas construídas com impressora 🖨️ 3D… Enfim… vamos ver o curso das coisas ! Abraço Bacila .’.
Grandes comentarios e com profindidades cientifica ja feitos;mad infelizmente ja faz 50 anos; desde 1963 venho lendo sobre o desenvolvimentos das ferramentas poderosas que estao ao nosso alcance; mas como nossas autoridades que teem poder de descisao estao somente no campo das ideias politicas imediatistas penso que estamos falando para surdos pois nesse mundo atual de ficar so no mundo dos conflitos e nao do racional logico isso fica somente como cultura o incremento é somente o que conseguimos assimiliar e transmitir para outras geraçoes; mas parece que o Brasil esta e faz tempo numa pista de relamentos com esferas de chumbinho e so patinamos e nos desgastamos sem agregar nada ou quase nada no nosso desenvolvimento como naçao. Penso so tivemos dois momentos em que crescemos tecnologicamente o primeiro foi quando o Getulio Vargas e a duras penas conseguio fazer a primeira fase implementou as infrestrututas; de modernizaçao Petroleo; Minerais; eletricas e outras e segunda foi com os generais de 4 estrelas pos 1964 que eenxergaram isso e deram um UP nas pesquisas industriais tipo Nuclear; diversificaram as fontes de Energias e criaram varias empresas de infraestura tipo Emater; Embraer e telecomunicaçao etc mas deram uma travada no mundo de troca de ideias no campo tecnologico de micro eletronica reserva de mercado causando um atraso de uns 20 anos nessa area. Penso que o mundo em funçao da guerra fria foi dividido nos paises que podiam se desenvolver e os paises que deveriam so participar com materia prima e é isso que somos hoje. Tipo novamente nos enterteram com festas e nao deixaram olharmos para as novidades. Esperamos que alguem com força para romper essa inercia abra os olhos estrategicamente novamente.
Prezado Luís Mário,
Parabéns pela ótima matéria!!
Concordo plenamente que a IA é uma ótima ferramenta e devemos sempre alertar para os profissionais que fazem uso dela, não se tornarem “prisioneiros” dela e deixarem de enxergar todas as excepcionais oportunidades que a dinâmica do dia a dia nos oferece!!
Abraço
Toda a revolução gera medo, apreensão e negação. Assim foi com a revolução industrial, que chegou ao ponto de incentivar mentes brilhantes, porém com visão limitada da época, a criar o conceito de comunismo, que não é nada mais do que voltar ao feudalismo. A propriedade passa a ser do estado e uma elite detém o poder; ninguém pode pensar diferente e acaba a meritocracia, ou seja, a possibilidade de crescer economicamente, destruindo a iniciativa privada. O mesmo está acontecendo com a IA. Os incompetentes, limitados e medrosos são os que se posicionam contra. Não se dão conta de que a história da humanidade é como um curso de água: por mais que se tente desviá-lo, sempre chegará ao mar pelo caminho mais fácil. A IA vai acelerar a inovação e melhorar a qualidade de vida da humanidade. É só uma questão de saber usá-la. Ela é tão perigosa quanto a energia atômica; em mãos erradas pode explodir uma cidade, em mãos corretas pode gerar energia barata. Vamos deixar que bandidos a desenvolvam ou vamos desenvolvê-la para o bem e o desenvolvimento do mundo?
Caríssimo Luchetta,
Parabéns pela sua coluna.
Segundo recente divulgação de estudo, ao que parece o ChapGpt está menos inteligente do que quando foi lançado.
Apenas dados não revela inteligência, é preciso que raciocinarmos com todos os níveis de sentimentos e filtro cultural que possuímos para tirar conclusões humanas e inteligentes para a humanidade.
Trabalhos que podem ser substituídos pela máquina, assim vêm sendo feito desde a revolução industrial.
Liderar, inventar, pregar a fé, sensibilizar, fazer brilhantes questionamentos, esses são trabalhos para os seres humanos pensantes!
Vamos em frente! Cuidemos das nossas crianças para que saibam fazer boas perguntas!
Fraterno abraço!
RB
Grande tema, normalmente temos medo daquilo que não conhecemos, daí surgem mitos.
No entanto me parece que no caso “País” os governos por não serem, em não ter interesse em serem, técnicos! evitam o aprofundamento necessário. A exemplo dos universitários superficiais que vieram sendo gerados há anos debaixo das escolhas educacionais.
Penso que devemos rever nossos modelos, e pensar no longo prazo. E o planejamento estratégico de pais daí consegue sua brecha! Parabéns pela reflexão.
Os pontos essenciais estão colocados. Concordo. AI não é tema para recear e sim conhecer melhor. E, mais que só conhecer, o Brasil não pode perder a oportunidade de ganhar espaço nessa área.
Excelente e perturbador!!!