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28/03/2024



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Os desafios da tecnologia e o papel da política

 Os desafios da tecnologia e o papel da política

A humanidade entrou numa fase de avanços tecnológicos que impressiona pela rapidez com que há construções e desconstruções. O novo fica velho muito rápido e a cada atualização os saltos de melhoria são gigantes. O dinamismo é realmente intenso, como nunca visto na história, tendo apressado também preocupações das mais diversas. São inúmeras reflexões sobre os diversos potenciais problemas que surgirão com esses novos cenários tecnológicos, sendo muitas dessas previsões baseadas em problemáticas atuais. O presente texto tem o objetivo de abordar o papel da política na condução do que pode ser melhor (ou pior) para a Sociedade.

 

Ao realizar esse movimento de análise e pensamento, executamos também um reforço do entendimento de que a política precisa ser vista como essencial. A sociedade brasileira, por motivos óbvios, nutre atualmente grande repulsa ao segmento político. É compreensível, claro, olhando para nossa história e, sobretudo, para os episódios recentes. Mas precisamos compreender que a política, em sua essência pura, é uma necessidade. E os maus operadores dessa ciência é que merecem a repulsa dos cidadãos de bem. Ou seja, ao invés de criminalizar o fazer política, precisamos criminalizar os políticos que se utilizam de tão sublime arte social para objetivos escusos e sujos. Isso é urgente para que avancemos enquanto País em direção a um verdadeiro desenvolvimento.

 

Focando no tema em específico, temos a tecnologia progredindo e criando conjunturas que, justamente pelo ineditismo, se encontram alheias aos ordenamentos jurídicos (ao menos de forma direta). Conforme sinalizamos na introdução, as inquietações aumentam de forma exponencial, visualizando que, mesmo atualmente, muitas ferramentas são utilizadas de forma a prejudicar indivíduos ou sociedades inteiras. São situações novas que abrem discussões ainda sem fim, em que a balança ora pesa para uma linha de pensamento, ora para outra, enquanto se constrói o tão esperado equilíbrio que será resolutivo.

 

Por enquanto percebemos que as discussões de nível mais elevado estão nos ambientes privados ou nos espaços de conhecimento técnicos e/ou acadêmicos. Na esfera política, poucas são as vozes lúcidas a romper o ruidoso populismo que tem imperado nos três Poderes constituídos. Essas exceções merecem respeito e apoio para que possam seguir trazendo para os ambientes apropriados as discussões de grande envergadura, criando análises técnicas plurais, e proporcionando as argamassas que irão ligar os novos andares do nosso Edifício Social, em constante construção. Se a tecnologia avança com agilidade, precisamos que a política acompanhe e consiga conectar no propósito de um País atualizado, moderno e que faz o futuro no presente.

 

Qual é o papel do indivíduo no uso da tecnologia? Qual é o papel das empresas de tecnologia e suas responsabilidades na forma como são usadas por indivíduos? Como uma sociedade pode ser livre ao mesmo tempo em que regula ou censura? São inúmeras questões, como essas, que precisam frequentar as pautas políticas. Será que o seu representante, caro leitor, saberia expressar de forma aprofundada e técnica o que pensa sobre esses temas? É urgente discutir o futuro no presente. Mas discutir com propriedade e com capacidade de travar diálogos que sejam frutíferos. As ideologias, naturalmente, guiarão posicionamentos, mas é a clareza do Brasil que queremos que permitirá irmos solidificando o caminho pelo qual as grandes evoluções (e revoluções) tecnológicas passará.

 

Esperamos que esse texto gere inquietações salutares. O setor de tecnologia da informação está repleto de grandes mentes que certamente podem ser balizadoras dos debates do hoje e do amanhã. Temos ainda um ecossistema associativista forte que também pode ser indispensável aliado para esses desafios que necessitam passar pela política. Acreditamos que efetivamente toda a Sociedade deve ser envolvida nas discussões, mas, sobretudo, os que carregam saber técnico e científico para as definições basilares. Também queremos com esse texto repetir o chamado para que o Brasil tenha um planejamento estratégico amplo enquanto Nação, permitindo, assim, que deixemos de estar sempre em atraso com as decisões e os movimentos de progresso. O protagonismo pode e deve ser nosso em todos os temas e momentos.

 

Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.

9 Comentários

  • Primeiro registro que sou fa da modernidade trazida pelos meios tecnológicos. Ganha se tempo em tudo. Inclusive no tempo de formação de pessoas que a cada dia se capacitam cada vez mais rápido. Isso ‘e otimo.
    Creio ser necessario uma regulamentação do que se pode divulgar como opinião própria. Existem crimes de honra,etc, e a simples postagem nao pode ser defendida como LIBERDADE DE EXPRESSAO. Ha que haver regras sim.

  • Primeiro registro que sou fa da modernidade trazida pelos meios tecnológicos. Ganha se tempo em tudo. Inclusive no tempo de formação de pessoas que a cada dia se capacitam cada vez mais rápido. Isso ‘e otimo.
    Ha um tempo tenho debatido,(procurado colocar em debate) alguns perigos que os avanços tecnológicos podem trazer (as empresas do ramo podem trazer). O maior deles e’, a meu ver, a simples ideia de que PODEMOS POSTAR TUDO, e justificar como LIBERDADE DE EXPRESSAO. Isso a meu juízo ‘e abrir
    portar para se cometer crimes e ficar impune. Isso ‘e um perigo total. Juristas do mundo inteiro tracam as regras da sociedade organizada e colocam em suas Constituições, e DE REPENTE, nao mais que em pouquíssimos anos, TUDO SE PODE POSTAR e alegar LIBERDADE DE EXPRESSAO. E pior: pode-se divulgar em milhões, milhões de inserções simultaneamente. Imaginem uma mentira postada 200 milhões de vezes simultaneamente!
    Analisem. Se voce xinga ou fala algo agressivo a um Policial Rodoviário ao vivo voce pode ser preso por desacato a autoridade, POREM, voce pode achincalhar, xingar, chamar de todos impropérios autoridades (Ministros de todas as esferas, Parlamentares, Presidentes, etc..), via redes sociais e NADA LHE ACONTECE. O avanço tecnológico deve ser usado para o Bem, e Prosperidade das nações e seus povos.

  • Excelentes reflexões do colunista. A política deve ser estudada por todos e a aversão que somos forçados, muitas vezes, a ter contra a política, se deve muito mais aos maus políticos do que a política em si.
    São os maus políticos que devemos extirpar de nossos votos e de nossos familiares e amigos, pois eles não pensam na comunidade ou em nossa Pátria. Pensam apenas em si mesmos e na vantagem que podem levar.

  • Bom dia Luis Mario. Efetivamente pecisamos tirar a ideologia de nossos planejamentos estratégicos. Deixemos a geopolítica para quem de direito. Mas o desenvolvimento planejado de uma nação utilizando-se das ferramentas tecnológicas existente é de suma importância. Criar uma massa crítica que possa desenhar os contornos críticos do desenvolvimento, suas limitações e, e potenciais. Urge que acima da ideologia tenhamos pessoas que pensem o país e, o povo.
    Parabéns pela abordagem com foco na ciência e desenvolvimento.
    Saulo

  • Política de Valor e tecnologia é o camiinho da sustentabilidade, excelente reflexão com propósito amigo.
    Não podemos nos afastar da política de valor e combater os políticos e partidos ruins com suas políticas do toma lá da cá.
    Sabemos claramente que estávamos num caminho melhor, não ideal, mas com certeza não era a vergonha do retrocesso com corrupção comandada por um ladrão condenado e seu grupo de partidos e políticos da pior espécie que precisamos combater.
    Sustentabilidade hoje é má entendida e até manipulada por partidos e políticos ruins, pois esquecem que no seu tripé o resultado sustentável é a base da construção da responsabilidade social e ambiental.
    Estamos juntos nesta jornada da política de valor e tecnologia.

  • Muito bom, Luchetta. O leitor, se conecta na mensagem do texto que realça o acerto da importância das associações de empresas de TI, às prioridades de políticas públicas. Como um associado da Assespro, temos a contribuir na apresentação de escolhas técnicas, a ser avaliadas como prioridade ao país, que acelerem seu desenvolvimento no presente e no futuro. A Assespro pode apoiar os políticos mandatários para complementar em razão da sua essência técnica na resolução de graves problemas e gargalos nacionais para o setor. Isso, ao meu ver sempre poderá ser transformada em relevância, quando alinhada com outras associações do segmento, para evitar desarranjos e inovar em busca de novos e modernos arranjos à expansão de nosso setor. Sim, está em nosso DNA pesquisar, divulgar, acreditar, investir, apoiar e até vibrar com soluções de inovações tecnológicas desenvolvidas pelo empreendedorismo tecnológico – vários nossos associados, que tanto agilizam e democratizam o poder do cidadão, ou que melhorem sua qualidade de vida – resultando em mais conexão com o seu posicionamento crescente por mais acesso a serviços públicos e soluções privadas, que transformem pelo progresso, o seu lar, bairro, cidade, região e país. Entendi ao ler o texto, que a prática política nos remete ao grande objetivo em comum de toda associação de empresas de tecnologia, qual seja, o aumento crescente da demanda de soluções tecnológicas, e por consequência, a necessária expansão do mercado de TI.

  • Excelente texto com uma visão futurológica em relação a evolução tecnológica e o comprometimento das pessoas. Mas se me permite, temos que olhar no retrovisor e ver essa geração que está se formando agora, qual o seu comprometimento com a sociedade?, qual o aprendizado está tendo na base escolar? especialmente em relação a utilização deste instrumento tecnológico tão bem discorrido no texto.

  • O texto nos trás várias e importantíssimas reflexões.
    Eu gostaria apenas de sugerir mais uma que seria, na minha opinião, da necessidade de se definir papéis e atores condizentes com a necessidade e ao trabalho a ser realizado. A política, neste sentido, deve apoiar, acompanhar, fiscalizar e dar respostas ao cidadão, enquanto que a técnica deve estar “livre” para atuar de forma prática e profissional. O respeito dever ser mútuo e contínuo, sem interferências incompatíveis com a finalidade, com o resultado proposto e almejado.

  • Para que todos possam refletir sobre as ideias do autor, é crucial entender que as pessoas são o cerne de tudo o que a tecnologia busca para aprimorar a qualidade de vida. Nesse sentido, é fundamental que cada indivíduo faça a sua parte, trabalhando em conjunto para garantir um futuro próspero. Isso requer serenidade e cooperação para alcançar nossos objetivos comuns.

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