Na semana passada falei do que são famílias disfuncionais e suas consequências no processo sucessório das empresas familiares. Hoje trago alguns exemplos de comportamentos disfuncionais com os quais me deparei ao longo desses anos todos trabalhando no tema.
O primeiro caso que gostaria de compartilhar é o de um filho que, em uma reunião do conselho de família perdeu a compostura com a mãe, chamando-a de “vaca”, incompetente e burra e desrespeitando, não apenas a mãe, mas também as irmãs e todos os presentes na reunião. A ponto de forçar minha intervenção para que as ofensas parassem. É um caso de herdeiro “voraz”, com uma ambição desmedida.
Em outra empresa, encontrei outro herdeiro voraz que desrespeitou toda uma geração anterior de fundadores, se autoproclamando o aspa Salvador da pátria i é se colocou menos preso lá se colocou a palavra desrespeitando é e menos prezando a está está gravando e menos prezando a competência e o empreendedorismo dos do do pai e dos tipos tá então o que mais ponto quer que eu explique mais esse caso não
No entanto, não são apenas os filhos que exemplificam essas disfuncionalidades e suas consequências.
Por exemplo, em uma determinada empresa, tive o caso de uma mãe que, em meio a uma reunião do conselho de família, atirou um açucareiro na filha, situação que forçou o encerramento da reunião, pois não havia mais clima para se continuar. Um exemplo de família com uma dinâmica desestruturada em que as dificuldades emocionais foram levadas para o âmbito empresarial, prejudicando o processo de transformar a empresa familiar em família empresária.
Um outro exemplo, é o de um fundador extremamente castrador e centralizador que só descobriu que faltou educação aos filhos quando esses já eram grandes, na casa dos quarenta anos, e mesmo assim esse pai continuava tratando os filhos como adolescentes, a ponto de, já casados, não saírem de casa. Não cortarem o “cordão umbilical” e se sujeitarem a o jugo desse pai-patrão.
Essas histórias tendem a ter em comum a falta de limites, o não respeito à hierarquia, a falta de valores fundamentais, que levam com que sucedidos e sucessores cheguem a situações extremas. Como comentado no artigo anterior, os filhos não aprendem a trabalhar a frustração, tendendo a tornarem-se líderes tirânicos.
Da mesma forma, me deparei com fundadores, patriarcas ou matriarcas, que não souberam, no período ideal, colocar limites ou estabelecer uma educação saudável para o convívio familiar, empresarial ou social.
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