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29/04/2024



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Filmes dirigidos por mulheres no 12º Olhar de Cinema

 Filmes dirigidos por mulheres no 12º Olhar de Cinema

Um dos mais importantes festivais sobre a sétima arte do Brasil acontece a partir de amanhã (14) até dia 22 de junho. Neste ano, o Olhar De Cinema reúne 87 produções, entre longas e curtas-metragens, de todo o mundo. A importância desse festival para a cidade de Curitiba é algo gigantesco. Propaga a cultura, fomenta o cinema local, brasileiro, além de trazer obras mundiais que dificilmente a maioria das pessoas teriam acesso e, ainda, traz pessoas de todo o país para prestigiar o evento. É sempre aguardado com muito ânimo por aqui! Ainda mais quando existe a preocupação em garantir na programação filmes dirigidos por mulheres.

 

Neste ano, mais de 30 filmes dirigidos por mulheres estão na programação do 12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Totalizando em 15 curta-metragens, e 19 longa-metragens. Um dos destaques é “Jeanne Dielman, 23 Quai Du Commerce, 1080 Bruxelles” (1975), considerada a obra-prima da diretora belga Chantal Akerman, que no ano passado encabeçou a lista de 100 melhores filmes de todos os tempos publicada pela revista britânica “Sight and Sound”. Além disso, vale a pena conferir o documentário brasileiro “O Policial e a Pastora” de Alice Riff.

 

A importância da direção feminina e sua presença em festivais de cinema

Para Tereza Lauretis, nome relevante nos Estudos Feministas, o cinema é um campo privilegiado de construção de símbolos, discursos e narrativas que exerce influência nos comportamentos sociais assim como, também é refratário a estes comportamentos, e demandas sociais. Se a gente parte daí, já é natural pensarmos que a direção deve ser equitativa, deve ser plural, e deve ser todos. Afinal, se o cinema exerce essa influência, o cenário ideal seria a pluralidade no “fazer cinema” para um mundo cada vez mais representativo e aberto às diferenças. Certo?

 

Pois bem. De maneira resumida: mais mulheres na direção promovem novos olhares, novas abordagens em seus personagens fugindo de um estilo hegemônico de retratar homens e mulheres e novas formas de contar e narrar histórias. Ainda que o Cinema se configure como uma forma de entretenimento e lucratividade, como diz Kellner, é também, um objeto de estudo e promotor de novas subjetividades. E porque precisamos cada vez mais de filmes dirigidos por mulheres em festivais? Visibilidade e reconhecimento. Afinal, é preciso o espaço para chegar ao público, é preciso que chegue ao público para promover mudanças sociais e comportamentais! Dessa forma, o cinema consegue buscar realizar o que faz de melhor, ser um agente social e propagador de mudanças!

 

Confira abaixo a lista completa dos filmes dirigidos por mulheres nesta edição do Olhar de Cinema. A programação completa você confere  aqui. Bora prestigiar?

 

• Longa-metragens

  • Agressor, de Jennifer Reeder
  • Caixa Preta, de Saskia e Bernardo Oliveira
  • Desvío de Noche, de Ariane Falardeau St-Amour e Paul Hotel
  • Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente
  • O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon
  • Jeanne Dielman, de Chantal Akerman
  • L.A. Tea Time, de Sophie Bédard-Marcotte
  • Lembranças de Todas as Noites, de Yui Kiyohara
  • A Migração Silenciosa, de Malene Choi
  • Neirud, de Fernanda Faya
  • Notas de Eremoceno, de Viera Cakanyová
  • Novembro, de Iphigénie Marcoux-Fortier e Karine Van Ameringen
  • A Paixão da Lembrança, de Maureen Blackwood e Isaac Julien
  • O Policial e a Pastora, de Alice Riff
  • Quando eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena
  • Salomé, de Alla Nazimova e Charles Bryant
  • Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten
  • Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin
  • Xalko, de Sami Mermer e Hind Benchekroun

 

• Curta-metragens

  • As Inesquecíveis, de Rafaelly (Lá Conga Rosa)
  • Jussara, de Camila Ribeiro
  • Kassinu, de Uapukun Mestokosho Mckenzie
  • Katatjatuuk Kangirsumi (Cantos Guturais em Kangirsuk), de Eva Kaukai e Manon Chamberland
  • O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho
  • Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin
  • A Mecânica dos Fluídos, de Gala Hernández López
  • Menininha, de Débora Zanatta
  • Milik Tshishutshelimunuau (Conceda-me sua Confiança), de Isabelle Kanapé
  • A Pedra Mágica, de Paula Herrera Vivas
  • Pele de Mãe, de Leah Johnston
  • Pés que Sangram, de Roberta Takamatsu
  • En Rachâchant, de Jean-Marie Straub e Daniéle Huillet
  • Só Por Hoje, de Stilo Eustachio, Dionwiul e Jessica Candal
  • Thue Pihi Kuuwi – Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana

 

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