Quem me dera segurar o tempo na concha das mãos, quem me dera guardar aqueles momentos, quem me dera a felicidade de quem vive… quem me dera os cabelos encaracolados da juventude, quem me dera o brilho no olhar, quem me dera o corpo sem dores, quem me dera a inocência, os pés descalços, os esmaltes cintilantes, a pressa dos vivos, quem me dera o papel virgem e todas as cores da caixa de lápis de cor, quem me dera as palavras de amor, quem me dera morrer de amor, quem me dera o tempo.
Maria do Rocio Vaz
QUE AMOR É ESSE?
Que amor é esse?
Que me toma e me enlouquece,
sem vergonha e sem “finesse”?
De onde ele vem?
Sem referência nem reverência,
embriaga e entorpece…
Ora, esse amor descompassado,
conjugado no presente e no passado,
seria futuro do pretérito, nesse caso…
Ora casto, ora apimentado,
ora brisa, ora tornado…
Meu amado,
o nosso tempo não tem previsão!
É amor destemperado!
Maria do Rocio Vaz
As águas rasas não saciam. Amores navegam em águas profundas.
Maria do Rocio Vaz
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