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26/04/2024



Sem Categoria

Eletrificação da frota brasileira deve crescer a partir de 2028

 Eletrificação da frota brasileira deve crescer a partir de 2028

O mercado automotivo brasileiro absorveu perto de 2 milhões de veículos novos em 2022. Deste total,49 mil unidades vendidas foram da família dos híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos (BEV). Mas os números deste segmento devem subir no curto e no médio prazos, segundo pesquisas divulgadas nas últimas semanas.

 

Um levantamento encomendado pelo Google mostra que 52% dos 1.200 entrevistados têm interesse em trocar de veículo nos próximos meses e que consideram adquirir modelos elétricos ou híbridos. A maior parte (60%) deste público é formada por brasileiros das classes A e B.

 

O interesse de compra tem a seguinte divisão: para 37% a tecnologia é o principal fator de aquisição; enquanto 35% dizem buscar benefícios em custos e isenções; e somente 27% informaram que a questão ambiental é a grande motivadora da troca.

 

A pesquisa da PwC Brasil, Strategy& indica que as vendas de modelos eletrificados no País serão impulsionadas a partir de 2027, com destaque para a comercialização de caminhões leves e ônibus, seguido dos caminhões pesados e depois de carros de passeio. A previsão é de que até 2040 o Brasil alcance uma frota de 35 milhões de veículos elétricos.

 

Menos petróleo

O estudo divulgado pela PwC Brasil, Strategy& também projeta a queda no consumo de combustíveis fósseis no Brasil com a eletrificação da frota. Para 2030, a demanda por gasolina deve cair 12% e o uso de diesel será reduzido em 10% em relação ao consumo atual que é, respectivamente, de 8 bilhões de litros e 6 bilhões de litros. Em 2040, o consumo do diesel deve cair 66% e da gasolina 59%.

 

Métrica da descarbonização (I)

O Instituto Talanoa pretende monitorar o esforço da máquina pública brasileira para que o País alcance os compromissos globais de redução de emissões de CO2. Para isso, criou uma plataforma batizada de Nossa Descarbonização, onde ficará abrigado o Índice da Nossa Descarbonização (INDC). A ferramenta deverá gerar um relato anual sobre a evolução das políticas federais e seus resultados rumo à meta net zero.

 

Métrica da descarbonização (II)

Um relatório-teste, que reúne dados do primeiro trimestre deste ano, revelou o tamanho do desafio nacional de descarbonização. “Neste início de 2023, o Brasil só pontua 9,8 de um total de 100 em termos de alcançar emissões líquidas zero até metade do século. Em termos de políticas, o esforço do governo pontua 19,5 de um total de 100”, informa o Talanoa. Segundo o instituto, a apuração tem como base em três setores que representam mais de 70% das emissões brasileiras: desmatamento/uso da terra, agropecuária e energia. “Esses números são reflexo das decisões tomadas na última década”, sustenta a organização, que prevê divulgar o INDC completo na COP28.

 

Reconstrução ambiental (I)

O mesmo Talanoa divulgou no final ano passado o relatório Reconstrução, onde recomentou a revisão de 473 atos atribuídos ao governo Jair Bolsonaro que influenciaram negativamente as políticas ambientais e ações relacionadas ao clima no Brasil. Nos 100 dias do governo Lula, o Monitor de Atos Públicos do instituto identificou que poucas das mudanças sugeridas foram realizadas pela nova equipe da administração federal.

 

Reconstrução ambiental (II)

Segundo o balanço, de janeiro até 6 de abril a gestão federal editou “173 atos infralegais com interface com as políticas socioambientais e de mudanças climáticas”. “Desse total, 49 se relacionam com o processo que chamamos de Reconstrução, revogando ou revisando 25 dos 473 atos do governo Bolsonaro apontados em nosso relatório com recomendação para que fossem revisitados. Isto é, somente 5% do caminho para a reconstrução foi percorrido nestes 100 dias”, divulgou o Talanoa.

 

Economia Circular

Enquanto a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado não vota a criação da Política Nacional de Economia Circular, o governo federal pretende incentivar a logística reversa com o programa Pró-Catador, que atende aos requisitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nesta sexta-feira (14), entram em vigor mecanismos de estímulo ao processo de reciclagem, com novas opções de financiamentos, e instrumentos como o Certificado de Crédito de Reciclagem de Logística Reversa (CCRLR), Certificado de Estruturação e Reciclagem de Embalagens em Geral (CERE) e o Certificado de Crédito de Massa Futura.

 

Crédito para o vidro (I)

A startup eureciclo quer tentar mudar o quadro de reciclagem do vidro no Brasil. O produto é um dos mais descartados pelos brasileiros, mas tem baixo valor e não atrai o interesse de catadores, principalmente fora do eixo Sul/Sudeste. Para alterar esta realidade, a empresa quer usar créditos de reciclagem para que as empresas possam cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos e para que os catadores e recicladores sejam melhor remunerados.

 

Crédito para o vidro (II)

A ideia é que empresas que não possam cumprir a obrigação legal de recuperar as embalagens de seus produtos comprem créditos de reciclagem da eureciclo e outras empresas, com a garantia de que a quantidade necessária para atender a legislação será reciclada. Para isso, a empresa enfrenta o desafio de estruturar uma cadeia logística que permita que o vidro recolhido realmente retorne ao processo produtivo.

 

Por falar em vidro

O Boticário celebra os 46 anos de fundação com um esforço concentrado para recolher embalagens, por meio do programa BotiRecicla. A ideia é mobilizar revendedores e clientes a devolver os vidros. A empresa afirma que tem o maior programa de logística reversa em número de pontos de entrega voluntária (PEV) do Brasil no mercado da beleza, com mais de 4 mil unidades em todos os estados.

(Foto: Chuttersnap/Unsplash)

 

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