HojePR

LOGO-HEADER-slogan-675-X-65

28/04/2024



Sem Categoria

Jethro Tull: o melhor do rock progressivo britânico

 Jethro Tull: o melhor do rock progressivo britânico

O rock progressivo sempre foi amado ou odiado. É oito ou oitenta. Um dos seus maiores representantes é a banda Jethro Tull, formada em 1967, em Blackpool, na Inglaterra. Inicialmente tocavam blues e jazz, mas logo foram incorporando o progressivo, o folk, o hard e a música clássica. Seu quarto álbum, Aqualung, lançado em março de 1971, catapultou a banda ao estrelato internacional. Comandada por Ian Anderson nos vocais e na flauta e Martin Barre na guitarra, o álbum é antológico. Críticos falam que o álbum é conceitual, contando histórias de personagens que se interligam. Ian Anderson sempre negou esses comentários.

 

 

A faixa-título, Aqualung, abre o álbum com uma atmosfera sombria e introspectiva. A guitarra acústica de Martin Barre estabelece um clima melancólico, enquanto a flauta de Ian Anderson contribui para a distintiva sonoridade da banda. A letra de Anderson explora a marginalização social, criando uma narrativa envolvente. “Sitting on a park bench, Eyeing little girls with bad intente, Snot running down his nose, Greasy fingers smearing shabby clothes, Hey, Aqualung, Drying in the cold sun, Watching as the frilly panties run, Hey, Aqualung.” Um clássico da banda e do rock progressivo.

 

 

Cross-Eyed Mary mantém a intensidade, com uma pegada mais pesada e riff marcante. A transição entre as seções mais suaves e as explosões vigorosas demonstra a habilidade da banda em criar dinâmicas envolventes.

 

Uma breve pausa entre as faixas mais robustas, Cheap Day Return é uma peça instrumental que destaca a habilidade de Anderson na flauta. Sua simplicidade proporciona um respiro poético antes do próximo impulso sonoro.

 

Mother Goose é uma composição encantadora que incorpora elementos folk. A harmonia entre a flauta e a guitarra acústica é envolvente, e a letra poética adiciona uma camada de conto de fadas à jornada musical.

 

Outra peça delicada, Wond’ring Aloud é uma expressão lírica da vulnerabilidade. A instrumentação suave e a voz suave de Anderson criam um momento íntimo que contrasta com as faixas mais robustas do álbum.

 

Up To Me retoma a energia, apresentando um ritmo contagiante e um solo de guitarra eletrizante. A letra continua a explorar temas sociais, adicionando uma dimensão reflexiva à música pulsante.

 

Uma das faixas mais longas e ambiciosas do álbum, My God exibe uma complexidade musical. Com mudanças de tempo intrincadas, solos elaborados e letras filosóficas, a faixa é uma jornada sonora que demonstra a maestria técnica da banda. Destaque para a flauta de Anderson. Espetacular!

 

Hymn 43 traz uma abordagem mais direta e enérgica, com um riff de guitarra poderoso e letras irônicas que questionam as instituições religiosas. A intensidade da faixa a torna memorável e impactante. A melhor faixa do álbum.

 

Slipstream retorna a uma atmosfera mais suave, com uma melodia impactante e letra poética. A voz e a flauta de Anderson desempenham papéis fundamentais, adicionando uma dimensão etérea à música.

 

Locomotive Breath é uma explosão de energia. O riff icônico de Barre e a performance vocal poderosa de Anderson contribuem para uma canção explosiva e inesquecível.

 

O álbum encerra com Wind-Up, que apresenta andamentos diferentes. Crescente e avassaladora, envolvente e marcante, um verdadeiro hino progressivo. É sensacional! “When I was young and they packed me off to school, And they taught me how not to play the game, I didn’t mind if they groomed me for success, Or if they said that I was just a fool, So I left there in the morning with their God Tucked underneath my arm.”

 

Aqualung é um álbum que transcende as fronteiras do rock progressivo, oferecendo uma experiência musical rica e diversificada. Cada faixa contribui para a narrativa global, explorando temas sociais, introspecção e virtuosismo musical. Com esse álbum, o Jethro Tull solidifica seu lugar no panteão do rock. Do bom e velho rock’n’roll.

 

Leia outras colunas do Marcus Vidal aqui.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *