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28/04/2024



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The Cult: o templo sonoro do hard rock

 The Cult: o templo sonoro do hard rock

Fim da década de 1980. As bandas tentavam consolidar seus nomes no mundo musical. No rock, muitas bandas alternativas foram para grandes gravadoras e viraram sucesso mundial. A banda de Bradford, Inglaterra, The Cult conseguiu, depois de três bons álbuns, este feito, porém sem ir para uma grande gravadora. Em 10 de abril de 1989, lançou seu quarto álbum, Sonic Temple, e alcançou um lugar no panteão das grandes bandas de hard rock. Sua formação, um trio, com Ian Astbury (vocal e percussão), Billy Duffy (guitarra) e Jamie Stewart (baixo e teclados) e com a produção magistral de Bob Rock, criaram uma obra-prima do estilo. As gravações foram completadas com o baterista Mickey Curry.

 

 

Sun King, a faixa de abertura, estabelece imediatamente a atmosfera poderosa e misteriosa do álbum. Os riffs de guitarra de Billy Duffy são proeminentes, enquanto Ian Astbury entrega uma performance vocal carismática.

 

 

Fire Woman é um dos destaques do álbum. A canção é impulsionada por um riff de guitarra inconfundível e uma batida avassaladora. A fusão de elementos de rock e blues mostra a habilidade da banda em criar músicas extraordinárias. “Wound up, can’t sleep, can’t do anything right, little honey, Oh, since I set my eyes on you, I tell ya the truth, Twistin’ like a flame in a slow dance, baby, You’re driving me crazy, Come on, little honey, come on now! Fire! Smoke, she is a rising! Fire! Smoke on the horizon!”.

 

 

American Horse é uma faixa que apresenta uma vibe mais pesada e sombria, com letras enigmáticas e uma pegada mais experimental. Duffy destaca-se novamente com seus solos de guitarra abissais.

 

Edie (Ciao Baby) é outro destaque do álbum. Uma balada apaixonada e melódica mostra a versatilidade da banda. A maestria vocal de Astbury é emotiva, e a música se destaca pela sua beleza poética. “Oh, sweet little sugar talker, Paradise dream stealer, Oh, Warhol’s little queen, Edie, An angel with a broken wing, oh, The dogs lay at your feet, Edie, Oh, we caressed your cheek, well, Stars wrapped in your hair, Oh, life without a care”.

 

 

Sweet Soul Sister apresenta uma fusão de elementos de hard rock e soul. É enérgica e cheia de groove. Astbury, mais uma vez, mostra sua habilidade de mesclar diferentes estilos vocais.

 

 

Soul Asylum é uma faixa com mais de sete minutos, iniciando com um instrumental que serve como uma transição atmosférica. Demonstrando a musicalidade da banda, cria uma pausa reflexiva antes da segunda metade do álbum.

 

New York City é uma canção com uma abordagem mais punk, energética e frenética. As letras exploram a vida na cidade grande, e a banda mostra uma face mais crua e agressiva. Tem a ilustre participação de Iggy Pop nos vocais de apoio. “I jumped across the ocean, Found a Big Apple, So I took a bite, She teased me with a taste, Laid my soul to waste, Stabbed me in the back, Hell’s Kitchen is a DMZ, I ain’t never coming back, no, Hell’s Kitchen is a DMZ, I ain’t never coming back, child”.

 

 

Automatic Blues, como mostra o título, evoca o blues. Apresenta um riff contagiante e uma pegada mais clássica. As letras expressam uma atitude rebelde e libertária. Destaque para a bateria pesada e ritmada.

 

Soldier Blue é uma faixa mais introspectiva. A emoção na voz de Astbury e a habilidade da banda em criar essa atmosfera, são os pontos fortes da canção.

 

Wake Up Time For Freedom é a última faixa do álbum. Tem uma abordagem mais épica, com arranjos grandiosos e letras que refletem sobre temas de liberdade e despertar.

 

Quando o álbum foi lançado, havia três formatos musicais: LP, CD e Cassete. No formato em CD havia mais uma faixa. Medicine Train inicia com um violão e uma harmônica estonteantes. Logo vem o peso da guitarra de Duffy e os vocais de Astbury, com paradas minuciosamente calculadas, transformam a canção num hard-blues espetacular. Uma pérola escondida no álbum.

 

A parceria entre Ian Astbury e Billy Duffy é fundamental para o som colossal do The Cult. A produção de Bob Rock contribuiu significativamente para a qualidade sonora do álbum, capturando a energia crua da banda. Sonic Temple é um álbum que marca uma evolução na sonoridade da banda, incorporando uma variedade de influências e estilos. A fusão de elementos de rock, blues e soul, combinada com performances apaixonadas, resulta em um trabalho notável de rock. De hard rock. Do bom e velho rock’n’roll.

 

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1 Comment

  • Eu gostei bastante do comentário e achei certeiro em todas as colocações.eu acompanho a banda desde 1987.parabens pela matéria.

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