O deputado Ricardo barros tem dito em alto e bom tom: quer um PP forte para ter uma chapa majoritária em 2026. Os movimentos feitos mostram que ele caminha firme nessa direção. E não será estranho que, ao fechar as urnas, Barros seja o dono do segundo partido mais forte do Paraná, atrás apenas do PSD do governador Ratinho Junior.
A estratégia de Barros mira dois focos. Primeiro atraiu os principais deputados estaduais da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, Luiz Claudio Romanelli, Jonas Guimarães e aguarda a resposta Artagão Junior, todos do PSB. De uma tacada tem a parceria dos deputados com maior capilaridade nos municípios paranaenses. Ademais, atraiu para o PP o deputado Guto Silva, que vai se candidatar ao Senado, e os deputados Tião Medeiros (PTB) e Pedro Lupion (União Brasil).
Se colocar no mapa os municípios que esses deputados alcançam, dá para perceber que Barros cobre todas regiões do Paraná. Essa visão dá a dimensão da visão de Barros. Sem contar os candidatos de áreas do esporte, empresarial, lideranças políticas e culturais, que serão lançados pelo PP para a eleição proporcional.
Quem acompanha essa trajetória, percebe que essa movimentação vem de uma lição aprendida por Barros em 2010. Após ter perdido a eleição ao Senado, de ter percorrido duas vezes os 399 municípios do Paraná, Barros entendeu a necessidade de capilaridade nos municípios. E ao que tudo indica se prepara para disputar o cargo em 2026. Será nesse ano que o senador Oriovisto Guimarães avisou que vai sair do Senado.
A consequência do primeiro movimento é ter força política para interferir nas eleições municipais em 2024. Barros vai trabalhar na articulação direta da eleição, inclusive olhando com lupa a disputa pela prefeitura de Curitiba.
O segundo movimento é que Barros vai fortalecer o PP para 2023. Independente do resultado para presidente da República, Barros, de novo, estará na posição de ser cortejado para trabalhar junto ao dono do poder. Não se pode esquecer que o deputado foi líder do governo do PT, do MDB e agora do presidente Jair Bolsonaro.
Hábil e pragmático, Barros vai dar mais uma vez o nó em pingo de água.