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Conselho opta pela cassação de Renato de Freitas. Sou contra

10/05/2022

Não votaria em Renato de Freitas (PT). Não gosto do seu estilo e o acho imaturo para ser vereador. No entanto, entendo que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba errou ao aprovar o relatório pedindo a cassação do vereador.

 

Com 5 votos favoráveis,  de Noêmia Rocha (MDB), Indiara Barbosa (Novo), Toninho da Farmácia (União), Denian Couto (PODE) e do relator, Sidnei Toaldo (Patriota), Renato foi julgado por ser diferente do “padrão”. Como disse a vereadora Maria Letícia (PSB), que defendeu pelo arquivamento, o julgamento seria outro se Renato não fosse negro, da periferia, impertinente e de direita. Por sinal, ela montou uma defesa exemplar, em seu parecer alternativo.

 

Os vereadores validaram o relatório de Sidnei Toaldo, cheio de falhas (que negou as evidências) . Votaram para agradar seu eleitorado. Indiara reforçou essa visão em seu discurso, afirmando que seu eleitor não admitiria além da cassação. O mesmo fizeram Denian, Toaldo, Toninho e Noêmia. Por sinal, essa última foi pressionado pelos líderes de seus eleitores, recebendo até a ligação do pastor Silas Malafaia, que usa seu poder para influenciar a política, em especial o antipetismo.

 

A surpresa do Conselho foi o vereador Dalton Borba (PDT). Coerente e correto, deu uma aula de direito constitucional e de humanidade. Entendeu que o momento político, de polarização cega, pressionava alguns de seus colegas do Conselho. Criou a alternativa política, optando por uma suspensão para Renato Freitas, que poderia chegar até seis meses.

 

Faltou visão para os colegas do Conselho, que preferiram jogar com a galera, ao invés de dar a “justa” punição.

 

Agora, tudo vai judicializar, o advogado de de Renato, Guilherme Gonçalves, vai recorrer na Justiça, buscando derrubar o relatório. Também vai buscar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal para derrubar o parecer do relator.

 

O texto segue para ser votado pelo plenário e Renato sabe que será condenado.  E a Câmara vai votar para agradar seus eleitores. Diferente do que fez a Cúria, os vereadores vão optar pela solução fácil, ao invés de perdoar um vereador diferente do “padrão”.

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