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Conservação das Araucárias

05/05/2022

A Tetra Pak, que possui duas fábricas de embalagens no Brasil, sendo uma em Ponta Grossa, decidiu criar o Programa de Conservação das Araucárias. O propósito é a recuperação de terras rurais degradadas. A empresa diz que a ideia faz parte dos seus compromissos com a sustentabilidade e integra o plano de zerar as emissões líquidas de gases com efeito de estufa nas suas operações até 2030. No primeiro ano, um projeto piloto será realizado numa área privada de 80 hectares.

 

Alterações climáticas

A iniciativa da Tetra Pak tem a colaboração da ONG Apremavi e pretende recuperar, em dez anos, uma área da Mata Atlântica equivalente a 9.800 campos de futebol. A restauração florestal, aponta a empresa, também desempenha um papel vital no combate às alterações climáticas.

 

Rentabilidade florestal

O reflorestamento com espécies nativas, além de restaurar a biodiversidade, capturar CO2, combater a poluição e o aquecimento global, pode render mais que o cultivo de árvores exóticas. A rentabilidade média aferida no projeto Verena foi de 12,9%, contra 11% para plantio de eucalipto. O projeto é realizado pelo WRI Brasil, União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e Fundação GoodEnergies em 12 propriedades rurais da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.

 

CO2 é negócio

A negociação de créditos de carbono deve movimentar US$ 30 bilhões até 2030. Apesar da falta de uma regulamentação interna deste mercado, e da definição de uma política de precificação do ativo, a expectativa do governo federal é de que o Brasil consiga atrair mais de 20% do volume de transações a partir de projetos de preservação ambiental e redução de emissões de CO2.

 

Entendendo o mercado I

O comércio de créditos de carbono pode ser feito de duas formas. Pelo mercado regulado, que obedece ao Protocolo de Quioto, exige certificação e uma série de qualificações, e precisa ser reconhecido por uma autoridade nacional. Nesta opção, a redução das emissões é contabilizada nas metas estabelecidas por cada País.

 

Entendendo o mercado II

A outra possibilidade é o mercado voluntário. Pessoas, empresas, ONGs ou governos adotam formas de reduzir emissões e os créditos de carbono podem ser gerados em qualquer lugar do mundo. O principal mercado voluntário é o Chicago Climate Exchange.

 

Sem consenso

O marco regulatório brasileiro para créditos de carbono é fonte de acirrados debates que envolvem o setor produtivo, o legislativo e o governo. Há diversas controvérsias, e uma delas diz respeito às negociações livres (Mercado Voluntário). O Estado quer que esses créditos sejam registrados num sistema federal. De um lado, a medida burocratiza a operação, desestimulando projetos ambientais, e, de outro, amplia a segurança jurídica e pode aumentar o valor dos ativos. Ainda não há consenso sobre o rumo a ser seguido.

 

Baterias intercambiáveis

Uma das ideias para resolver o problema da recarga de baterias de veículos elétricos é a troca do componente sempre que o “tanque” esvaziar. A Nio, uma empresa chinesa, desenvolveu um sistema e tenta viabilizar a tecnologia para aplicá-la em veículos de montadoras da Ásia e da Europa. A troca em si não é uma operação simples. Ela necessita de espaços adequados e de ferramental específico. Em contrapartida é feita num tempo muito menor do que o plug na tomada.

 

Foto: Acervo Apremavi

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