No final de 2015, o então vice-presidente Michel Temer definiu seu papel no governo Dilma Roussef como “decorativo”. Era esse, segundo ele, o papel de um vice no contexto político da época. De lá pra cá muita coisa mudou. Os vices assumiram papeis importantes tanto no período eleitoral quanto no exercício do mandato. Por isso, a escolha de um bom nome é fundamental para o sucesso de uma chapa.

Nos bastidores políticos, especula-se que os três principais pré-candidatos à Prefeitura de Curitiba querem mulheres como vice em suas chapas. Alguns movimentos verificados nos últimos dias, no entanto, sugerem que não seja exatamente especulação.

O vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) estaria trabalhando com duas opções. Segundo fontes do HojePR, o nome da deputada estadual Marcia Huçulak (PSD) tem força, e apoio do prefeito Rafael Greca, para ser a escolhida. O problema, dizem as fontes, é ambos serem do mesmo partido, o que levaria Pimentel a disputar a eleição em uma chapa pura, comprometendo possíveis alianças.

É aí que entra o segundo nome, o da deputada Maria Victoria (PP). Apesar do partido ter lançado seu nome para disputar a Prefeitura da capital, nos bastidores comenta-se que uma aliança entre os dois agradaria tanto os caciques do PSD quanto do PP, e não estaria longe de se concretizar. Pimentel teria, portanto, o partido do secretário Ricardo Barros a seu lado e uma vice com a experiência de três mandatos na Assembleia Legislativa.

O ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) também estaria preparando sua chapa para ter a companhia de uma mulher. O plano de Ducci seria o mais ousado de todos: convencer a ex-primeira-dama Fernanda Richa a disputar a Prefeitura de Curitiba a seu lado.

A missão não seria fácil. Fernanda sequer é filiada a um partido político. Em 2019, ela mesma pediu sua desfiliação do PSDB, dando uma clara indicação da vontade em permanecer longe da política.

Por outro lado, Ducci sabe que teria em Fernanda uma poderosa parceira. A ex-presidente da FAS goza de imenso prestígio na periferia de Curitiba e é famosa pelo estilo de trabalho obstinado e perfeccionista. Ducci sabe disso e não mediria esforços para ter Fernanda na chapa.

Atento às movimentações, o deputado Ney Leprevost (União) também estaria disposto a ter uma mulher como companheira de chapa. A escolhida seria a administradora de empresas Fernanda Dallagnol, esposa do deputado cassado Deltan Dallagnol. Vale lembrar que Fernanda filiou-se ao Novo no início de outubro e já está fazendo curso de formação de lideranças políticas. É esperar para ver a movimentação dos três candidatos e de seus partidos.

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André Lopes