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17/04/2024



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Disneylândia do vinho

 Disneylândia do vinho

O mundo do vinho é repleto de oportunidades. Feiras, eventos, festas e festivais gastronômicos ao redor do mundo são chances de experimentar muita coisa diferente, distante do dia-a-dia, principalmente para nós brasileiros, que somos prisioneiros de uma política tributária extremamente excessiva para os vinhos importados.

 

Por falar em feira, aconteceu no começo de abril a famosa VINITALY, considerada a segunda maior feira de vinhos do mundo, perdendo apenas para a Prowine, na Alemanha. A Vinitaly acontece em Verona, na bela região do Veneto, duas horas de carro saindo de Milão.

 

Se para crianças e adolescentes o sonho de uma vida é ir para a Disney, para nós, os bebedores de vinho, a Vinitaly é a nossa Disneylândia. Pensa no paraíso dos vinhos italianos, multiplica por 100, e mesmo assim vai ser difícil de mensurar o tamanho do evento. São 14 pavilhões, maiores que muito hipermercado por aí, que representam a zonas produtoras de vinho da Itália. No total, esse ano foram um pouco mais de 25 mil rótulos à disposição para provas de importadores de todo o mundo, brokers, donos de restaurantes, gerentes de hotéis, sommeliers e imprensa.

 

 

Os pavilhões são todos climatizados. Cada produtor tem o seu espaço, uns pequenos, outros gigantes, uns simples e outros extremamente chics. Cada produtor fornece a própria taça, que é devolvida depois daquela prova. Uma das coisas impressionantes é a logística de coleta, limpeza, lavagem e distribuição dessas taças, que são de cristal, já que ali existem vinhos de menos de 5 euros até de mais de 1.500 euros.

 

Você não vai chegar ali achando que vai pegar esse tipo de vinho facilmente. Para este tipo, são provas que foram agendadas com meses de antecedência e onde o produtor tem interesse em um tipo específico de cliente. Mas você não vai sair frustrado, vai poder tomar muito coisa boa, tão boas ou melhores do que um Sassicaia ou um Brunello da Banfi.

 

Ano passado fui como “wine Hunter” de uma importadora com a missão de encontrar um ótimo Barolo. Achei um casal que cuida com o filho de uma pequena propriedade chamada Achille Viglione. Um vinho de pequena produção, premiado em vários concursos pela Europa, de uma impressionante perfeição na boca e que me permitiria tomar de joelhos para homenagear aquela obra de arte. Apesar das negociações ainda é cedo para ele chegar ao Brasil devido ao preço. Para se ter uma idéia, a carga tributária somada à logística transforma um vinho de 20 euros num vinho de 60 euros, isso no preço para o importador entregar na mão do lojista, que vai colocar a sua margem de custo para vender no mercado.

 

 

Este ano me concentrei nos vinhos Primitivos da Puglia e os Amarones do Veneto. Mas isso eu conto na próxima coluna…

 

Mas por falar na Itália, vou me despedir com duas dicas de vinhos que encontramos aqui:

 

1 – o maravilhoso Cordella Brunello de Montalcino Riserva, importado pela La Via Vin;

 

2 – o Codici Primitivo, importado pela Cantu.

2 Comments

  • Sucesso na nova jornada e vamos nos programar para o próximo ano na Itália.

  • Excelente trabalho

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