Há um ano, baixei no hospital. Fui internado com oximetria em 69, vítima da Covid-19. Por sorte, não fui entubado. Sobrevivi, com sequelas, como a memória afetada. Mas fui salvo pela ciência, seguindo o bom planejamento das entidades de saúde e sanitárias municipal e estadual.
Sou um dos milhares de paranaenses que foram salvos. A boa ciência evitou que me tornasse um dos milhares que morreram por causa desse vírus.
A estrutura da saúde usou todas as estratégias e planejamentos para evitar mais mortes e doentes, como o passaporte sanitário. Hoje os deputados decidiram meter o pitaco onde não deveriam. Consideraram constitucional o projeto que proíbe a implantação do passaporte sanitário.
O passaporte é um instrumento usado na crise e serve para ajudar as autoridades sanitárias a enfrentar a disseminação de epidemias. Mas essa barreira lógica vai ser derrubada, baseada no interesse eleitoral. Os deputados se curvam a pressão da galeria, cheia de eleitores com cores verde e amarelo, munidos de celular e se informando via whatsapp.
Triste está nossa democracia!