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19/04/2024



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Estudo revela que sete horas de sono é o ideal para adultos e idosos

 Estudo revela que sete horas de sono é o ideal para adultos e idosos

Quantas horas de sono são necessárias para uma boa saúde a partir da meia-idade? Sete horas. Dessa forma, seria garantido um melhor desempenho cognitivo. Assim conclui uma nova pesquisa recém publicada na revista científica ‘Nature Aging’ por uma equipe de pesquisadores anglo-chineses.

 

O sono muda com a idade

O sono desempenha um papel importante na ativação da função cognitiva e na manutenção da boa saúde psicológica. Também ajuda a manter o cérebro saudável, removendo os resíduos. À medida que envelhecemos, muitas vezes vemos alterações em nossos padrões de sono, incluindo dificuldade em adormecer e manter o sono com conseqüente diminuição da quantidade e da qualidade do sono.

 

Muitos estudos científicos sugerem que esses distúrbios do sono podem contribuir para o declínio cognitivo e transtornos psiquiátricos na população idosa. Sabe-se, no entanto, que na velhice o sono muda, fica mais fragmentado e frágil. O sono profundo diminui mas isso é fisiológico: aos 80 anos não se consegue dormir como aos 20 e é muito comum acordar de madrugada e perder o sono definitivamente.

 

As sete horas de sono

Segundo a pesquisa, cientistas do Reino Unido e da China analisaram dados de quase 500.000 adultos com idades entre 38 e 73 anos do Reino Unido. Os participantes foram entrevistados sobre seus padrões de sono, saúde mental e bem-estar físico. Eles também participaram de uma série de testes cognitivos. Imagens do cérebro e dados genéticos também estavam disponíveis para quase 40.000 participantes do estudo.

 

Analisando esses dados, a equipe de pesquisadores descobriu que tanto o sono insuficiente quanto o excessivo estavam associados ao desempenho cognitivo prejudicado, como velocidade de processamento, atenção visual, memória e habilidades de resolução de problemas.

 

Então, qual é a quantidade ideal de sono para alcançar as melhores funções cognitivas? De acordo com os pesquisadores, sete horas de sono por noite são a quantidade ideal de descanso noturno para uma boa saúde mental. Na verdade, foram os voluntários que dormiram sete horas por noite que obtiveram os melhores resultados nos testes cognitivos.

 

Sono profundo

Os pesquisadores dizem que uma possível razão para a ligação entre o sono insuficiente e o declínio cognitivo pode ser devido à interrupção do sono de ondas lentas, o chamado “sono profundo”. De fato, foi demonstrado que a interrupção desse tipo de sono tem uma estreita ligação com a consolidação da memória e o acúmulo de amilóide, uma proteína chave que pode causar “emaranhados” no cérebro, característicos de algumas formas de demência. Além disso, a falta de sono pode prejudicar a capacidade do cérebro de se livrar de toxinas. O sono interrompido está associado ao aumento da inflamação, indicando uma suscetibilidade a doenças relacionadas à idade em idosos.

 

Sono e declínio cognitivo

Os pesquisadores concluem, portanto, que o sono insuficiente ou excessivo pode ser um fator de risco para o declínio cognitivo no envelhecimento. Isso é apoiado por estudos anteriores que relataram uma ligação entre a duração do sono e o risco de desenvolver doença de Alzheimer e demência, em que o declínio cognitivo é um sintoma característico.

 

Ter um sono constante de sete horas todas as noites, sem muitas flutuações na duração, parece importante para alcançar um desempenho cognitivo válido e uma boa saúde mental e bem-estar. O professor Jianfeng Feng , da Universidade Fudan, na China, explicou: “Embora não possamos afirmar definitivamente que muito pouco ou muito sono causa problemas cognitivos, nossa análise, que examina indivíduos por um longo período de tempo, parece apoiar essa ideia. Mas as razões pelas quais as pessoas mais velhas têm um sono mais fraco parecem ser complexas, influenciadas por uma combinação de nossa composição genética e a estrutura de nosso cérebro”.

 

A professora Barbara Sahakian , do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Cambridge, uma das autoras do estudo, acrescentou: “Uma boa noite de sono é importante em todas as fases da vida, mas especialmente com a idade. Encontrar maneiras de melhorar o sono dos idosos pode ser crucial para ajudá-los a manter uma boa saúde mental e evitar o declínio cognitivo, principalmente para pacientes com distúrbios psiquiátricos e demências.’

 

Como regular

O que acontece se você não dormir sete horas? Na realidade, cada indivíduo tem sua própria “necessidade de sono”. O número ideal de descanso noturno varia entre um mínimo de sete horas para um adulto, mas, para alguns indivíduos, até quatro ou cinco horas podem ser suficientes sem necessariamente sofrerem menor desempenho cognitivo: são os “sonos curtos”.

 

A National Sleep Foundation recomenda  de sete a nove horas de sono para adultos de 26 a 64 anos. Para alguns, até seis podem ser suficientes (nunca menos), outros precisam de 10 (nunca mais). Para idosos com mais de 65 anos, sete a oito horas de sono podem ser suficientes, mas mesmo assim, para alguns, de cinco a seis horas podem ser suficientes.

 

O que importa é encontrar o seu próprio ritmo, aquele que nos faz “trabalhar” bem durante o dia, sem nos preocuparmos muito com a regra das sete ou oito horas, que é apenas uma média geral. Na verdade, o descanso deve estar sincronizado com o relógio biológico: os ritmos dos hormônios, temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão e, assim por diante, devem “combinar” com o sono.

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