A Federação das Associações Comerciais do Paraná (Faciap) quer saber quem vai pagar a conta de R$ 101 milhões anuais com a criação de 542 cargos comissionados no Legislativo e no Judiciário. A entidade, que representa 295 associações comerciais do Estado, encaminhou ofício à Assembleia Legislativa do Paraná, ao Tribunal de Justiça do Paraná e ao Ministério Público Estadual, questionando esse gasto.

 

O presidente da Faciap, Fernando Moraes, cobra explicações do procurador geral de Justiça, Gilberto Giacoia, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), e do presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Neto. Moraes argumenta que o impacto no orçamento com a criação e provimento dos cargos evidencia um expressivo aumento dos gastos públicos, os quais oneram diretamente o contribuinte, mesmo havendo previsão de orçamento para isso.

 

A Faciap sugere que é preciso fazer uma reforma administrativa. Somente assim será possível reduzir os gastos, o que permitiria a redução da carga tributária. “Contudo, com o aumento de despesas, passamos a deixar de vislumbrar essa possibilidade”, diz o documento.

 

Ao final, a Faciap, requer informações a respeito da necessidade da criação dos referidos cargos.