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Greca é contra o reajuste de tarifa

17/02/2022

O prefeito Rafael Greca já avisou ao seu gabinete que não quer reajustar tarifas de ônibus. E mandou o presidente da Urbs, Ogeny Maia, e o secretário de Finanças, Cristiano Holtz, acharem uma solução para não aumentar o ônibus neste ano. Quer mais dinheiro do governo estadual, tem brigado para que o governo federal assuma as gratuidades e quer uma forma de manter o subsídio. Tudo para evitar a alta. Atualmente, Curitiba tem a quinta maior tarifa de ônibus entre as capitais brasileiras.

Pode-se questionar Greca por muita coisa, inclusive de ações nessa gestão, mas criticá-lo por defender a tarifa de ônibus é um equívoco. Quando assumiu em 2017, aceitou aumentar a tarifa por causa da falta de dinheiro no Fundo de Urbanização de Curitiba, que sustenta o transporte público. Colheu a irritação da população. Aprendeu com isto e, sempre que pode, se posiciona contrário ao aumento. Ele prefere subsidiar ao repassar para o usuário.

O prefeito tenta ampliar o repasse do governo estadual para o custeio da integração com a Região Metropolitana. Atualmente o repasse é de R$ 40 milhões e Greca conversa com o governo de Ratinho Junior, via Comec, pedindo mais dinheiro. Quer no mínimo o reajuste da inflação do setor de transporte público sobre esse repasse. Mas essa solução é complicada, ainda mais em ano eleitora. Se Ratinho Junior der reajuste para Curitiba, precisa dar também para outras regiões metropolitanas do Paraná.

Então Greca pediu a Holtz que ache uma solução econômica e jurídica para conter o reajuste. Nem que seja para tirar dinheiro do próprio orçamento municipal.

A tarefa será grande, pois há uma forte pressão pela alta nas tarifas. Os donos do transporte querem que o problema se resolva. Para eles não importa que seja por subsídio ou pelo reajuste na catraca. Querem apenas o pagamento de seus custos.

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