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Justiça nega suspensão e sede do Paraná Clube vai a leilão

08/03/2022

O inferno astral do Paraná Clube parece não ter fim. Depois de todos os problemas enfrentados pelo clube dentro de campo, agora é a vez da área administrativa encarar uma situação complicada. A Justiça Federal não aceitou o pedido de suspensão do leilão da sede da Kennedy e confirmou o evento para esta quarta-feira (9) às 14h.

 

A 15ª Vara Federal de Curitiba havia determinado o leilão em junho de 2021, por conta de uma dívida do clube com o Banco Central do Brasil (Bacen). Mesmo com a negativa do pedido de suspensão, o advogado do Paraná, Alceu Moraes Junior, ainda confia na reversão nesse processo.

 

“Não posso abrir nossa estratégia. O clube teve essa decisão contrária, mas eu ainda acredito no cancelamento da multa. Vamos tentar até o último dia reverter esse leilão. Ainda temos trabalho pela frente e vai dar certo para o Paraná Clube”, afirmou Moraes.

 

No leilão da sede da Kennedy o lance inicial é de R$ 62.399.975,00. O clube alega que a propriedade não pode ser vendida, uma vez que ela foi doada pela Prefeitura de Curitiba ao E.C. Água Verde, que posteriormente se transformou em Pinheiros, clube que, junto com o Colorado, participou da fusão que culminou no Paraná Clube. Segundo a Lei Municipal nº 1550/1958 a propriedade não pode ser penhorada e alienada.

 

Atualmente a dívida do Paraná com o Bacen está em aproximadamente R$35 milhões. O banco alega haver irregularidade em transferências de jogadores nas décadas de 1990 e começo dos anos 2000. O Bacen entrou com ação contra o Paraná Clube em 2003, quando o valor era próximo a R$11 milhões.

 

Não é a primeira vez que a propriedade é colocada em leilão, a primeira ocorreu em 2019. Na época, o leilão foi suspenso para que as partes entrassem em acordo, algo que não ocorreu. O Paraná Clube também já tentou vender 70% da sede e, atualmente, 30% da sua propriedade está arrendada para o Espaço Torres.

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