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‘King Richard: Criando Campeãs’ traz história de superação sem exageros

07/03/2022

Concorrendo em seis categorias no Oscar 2022, Will Smith já pode ir visualizando a estatueta de melhor ator

 

Primeiro de tudo, não, King Richard não vai ganhar o Oscar de Melhor Filme. Não tem filme pra isso. E não estou dizendo que a obra não é boa, muito pelo contrário. No entanto, é bem provável que a gente veja o longa vencer em outras categorias, como por exemplo, melhor ator para Will Smith, que acaba de faturar o Sag Awards, prêmio do Sindicato de Atores de Hollywood. Concorrendo em seis categorias, o filme traz uma cinebiografia das irmãs tenistas Serena e Venus Williams, sob um recorte. Superação, crescimento pessoal, liderança e por aí vai. Já até vejo esse filme sendo usado de exemplo em listas desses quesitos. Não que isso seja ruim, na verdade ele acerta em algo que a maioria dos filmes desse segmento não conseguiram trazer: não apela ao drama, ao choro do espectador e não exagera.

 

Acompanhamos a verdade incontestável da vida e carreira das irmãs Williams em um triunfo da autodeterminação. Ainda que não exagere, é um filme emotivo, que prende a atenção do espectador em 2 horas e 26 minutos de duração, e ainda conta com roteiro bem humorado. Sabe aquele filme para a família ver? Então. O roteiro se concentra explorando as horas infindáveis de treinos, lição sobre humildade que o pai enfatiza em vários momentos e a quebra de barreiras sociais e étnicas que Venus e Serena representam para aquele esporte, naquela época.

 

A trama apresenta as duas irmãs ainda na infância, treinando com o pai (Will Smith) e a mãe (Aunjanue Ellis) em quadras pelas ruas de Compton, na Califórnia. No plano detalhado de Richard, o próximo passo é encontrar um técnico que irá acompanhar Venus (Saniyya Sidney), aos 14 anos, em seu primeiro torneio profissional. Até lá, muitos altos e baixos na história, mas o sonho e a certeza de que serão campeãs e farão história, permanece.

 

De forma comovente, o filme retrata a importância da perseverança e do acreditar como instrumentos para alcançar o impossível e transformar o mundo. Como comentei, acompanhamos um recorte da história de vida das tenistas, a trama gira em torno da Venus e indica o futuro estrelato de Serena. É um filme que cabe ao espectador decidir qual o tamanho da parcela de verdade ele comprará deste longa, já que sabemos que Richard carrega consigo muito mais polêmicas do que o filme foi capaz de retratar.

 

Mas, na minha opinião, o que mais pega é a forma como foi construído. Ora, se estamos falando sobre as irmãs Williams, por qual motivo o filme seria – praticamente – sobre o pai? Ele teve papel fundamental? Teve. No entanto, faltou uma dose, um meio termo, para mostrar mais as irmãs. E isso provavelmente foi uma escolha proposital de jogar essa carga dramática em cima do pai. Até porque é o grande momento para Will Smith garantir seu primeiro, e tão sonhado Oscar. Li por aí que sua atuação em King Richard beira a ser caricato, e discordo. Ele entrega os trejeitos de Richard, com carisma e dramaticidade que sabemos bem que Will Smith tem de sobra.

 

Agora, se tratando de aspectos técnicos, percebemos um equilíbrio e tudo pra lá de bem construído. A fotografia de Robert Elswit traz cores quentes, a direção de arte vem em sintonia de forma perfeita para recriar a infância das jogadoras, como a velha Kombi de seu pai, os cortes de cabelo e roupas daquela época. Ainda vale um destaque para a composição sonora com trilha de Kris Bowers e por Be Alive, música de Beyoncé.

 

‘King Richard: Criando Campeãs’ concorre em seis categorias no Oscar 2022, sendo elas: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Original, Melhor Montagem e Canção Original. Aqui no HojePR, você pode conferir o trailer da obra, e o filme completo você encontra no streaming da HBO Max! Lembrando que a premiação ocorre dia 27 de março e, para mim, é bem provável que Will Smith saia com a estatueta em mãos.

 

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