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Licitação da propaganda de Ratinho tira dinheiro da mídia

03/03/2022

O processo para contratação de agências de propaganda, genuinamente feito pela equipe do governador, já bateu na trave três vezes.

 

Mas o principal “ problema”, segundo empresários donos de jornais, rádios e emissoras de TV do Estado, não foi resolvido. A bronca geral é a redução no valor global dos futuros contratos.

 

Caiu quase pela metade. Beto Richa licitou, em 2011, R$ 140 milhões. Quase 10 anos depois – sem correção alguma – Ratinho vai licitar R$ 95 milhões. Um corte de 33% do orçamento publicitário, ou seja, R$ 45 milhões. Para se ter uma ideia, o orçamento da prefeitura de Curitiba é de R$ 24 milhões

 

Se os veículos de comunicação estão insatisfeitos com o futuro corte de  verbas, as agências de propaganda paranaenses estão em pé de guerra.

 

Nos bastidores já se falam em quais agências apresentam mais chances para ganhar a licitação.

 

Das cinco atuais contratadas (contratos que foram feitos no governo Richa), apenas duas agências entenderam a dinâmica do atual governo e têm chances de se darem bem na licitação. Uma é a Lua Propaganda, de São Paulo,  que tem forte ligação com o  marqueteiro oficial do governador, o argentino Jorge Gerez. A outra com bom trânsito na Secretaria de Comunicação, é a curitibana G/Pac, umbilicalmente ligada ao ex-secretário de Beto Richa e Rafael Greca, Marcelo Cattani.

 

No reino das especulações, falam que outras duas empresas estão fortes na disputa: a Trade Comunicação, que já atende a Assembleia Legislativa, e a agência paulista Nova SB, empresa que tem como novo CEO Nelson Vilalva, publicitário que fez a campanha de Ratinho Jr.

 

Existem três agências ligadas a Beto Richa (Master, TIF e Vivas), que também buscam espaço nessa disputa.

 

Há estímulo da vinda de agências de Santa Catarina, terra do atual  secretário de Comunicação de Ratinho, João Debiasi (foto). Tudo para tornar a disputa ainda mais intensa.

 

Resumo do circo armado: na disputa há mais gente de fora do que do mercado de comunicação paranaense.  Com isto, o setor fica fraco. Vale lembrar que empresas de outros estados geram empregos e pagam impostos fora daqui. E o pior: se perdem as chances de se formarem novos “bichos do Paraná”.

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