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25/04/2024



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Máquina Viva

 Máquina Viva

 

FIM DE TÚNEL

Entre o riso e o assombro

Escolhi o desfiladeiro

Do caminho do meio

Nada tenho a declarar

Para paredes de ruídos

Passo mudo entretanto

Escuto passos curtos

Esqueço meus tropeços

Continuo andando

Escavado em pedra bruta

Volto uma casa para trás

A cada três em frente

Queria ficar aqui

Diante da sua luz de fim de túnel

Sérgio Viralobos

 

FIM DE LINHA

Andei entre os pingos da chuva

Sem molhar um fio de cabelo

Surda à violência contínua dos trovões

Fiz sempre o que bem quis

O mal também, feliz

 

Mas basta um sopro

Para desviar um ciclone

Um graveto para um incêndio

Falo agora de um momento

Em que palavras não importam tanto

 

Quem diria que teria medo

De brincar com fogo

Suzana Cano e Sérgio Viralobos

 

 

FIM DOS TEMPOS

Como um sonâmbulo que anda sem destino

Troquei os pés pelas mãos em bananeira

Em meu próprio sonho era clandestino

Caranguejo engatando a ré na pirambeira

 

Ouvia vozes de uma antiga civilização

Fraterna, cordial, extinta até os ossos

Babel na ponta da língua em discussão

Assim nos acabamos entre destroços

Antonio Thadeu Wojciechovski e Sérgio Viralobos

1 Comment

  • Muito bem elaborados seus versos, com conteúdos profundos…meus parabéns aos autores!
    Grande abraço a todos.

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