O movimento político feito pelo ex-juiz Sergio Moro, deixando o Podemos pelo União Brasil e se lançando como deputado federal por São Paulo, criou um grande nó no cenário político nacional e regional. Ao deixar seus eleitores órfãos, Moro ajuda indiretamente o presidente Jair Bolsonaro, que acolherá a maior parte dos votos. E o cenário no Paraná pode se complicar, pois o Podemos ficará sem opção e ser obrigado a lançar o senador Alvaro Dias a disputa de governador.
A desistência à candidatura presidencial foi uma pré-condição imposta pelo União Brasil, vinda da ala da legenda formada por políticos do antigo DEM. No Podemos, Moro também estava sendo pressionado a desistir da candidatura presidencial.
O ex-juiz, no entanto, só deve anunciar oficialmente que abriu mão da disputa ao Planalto após João Doria (PSDB), governador de São Paulo, admitir publicamente que desistiu da corrida presidencial, segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Desde sua saída do Ministério da Justiça de Bolsonaro, em 2020, Moro vinha ventilando a possibilidade de se candidatar à Presidência. No entanto, como mostram as pesquisas, o ex-juiz não conseguiu estabelecer sua imagem presidenciável e não emplacou nas intenções de voto.
Paraná
A saída de Moro enfraquece ainda mais o Podemos no Paraná. O partido já enfrentava dificuldade de formar chapas. Hoje Deltan Dallagnol é o puxador de votos que vai ajudar os candidatos a federal. Mas faltam nomes para estadual e estrutura para dar força à campanha de Alvaro Dias ao Senado.
Por isto, volta a circular a ideia de Alvaro ir para o sacrifício e ser candidato ao Governo de Estado .
O cenário bagunçou e pode piorar nacionalmente com os gritos do governador João Dória, que não aceita a candidatura do governador gaúcho Eduardo Leite. No final do segundo tempo da janela partidária, ainda podemos ter mais emoções