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24/04/2024



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MST invade área de pesquisa da Embrapa, sedes do Incra e fazendas em diversos Estados

 MST invade área de pesquisa da Embrapa, sedes do Incra e fazendas em diversos Estados

Em uma retomada ao “abril vermelho”, onda de invasões de terras e prédios públicos no País ao longo do mês, o Movimento dos Sem Terra (MST) invadiu, neste domingo (16), uma área de preservação ambiental e de pesquisas genéticas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, em Pernambuco. Outras sete propriedades rurais foram invadidas e seguem ocupadas no Estado.

 

As superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre e em Belo Horizonte, também foram alvo de protestos e invasões. Na capital mineira, os sem-terra exigem a demissão do superintendente Batmaisterson Schmidt, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. No Rio Grande do Sul e Minas Gerais, os prédios públicos seguem ocupados. Ações similares acontecem também em outros Estados.

 

Por meio de nota, o MST afirmou que os atos relembram a morte de 18 sem-terra pela Polícia Militar, em 17 de abril de 1997, em Eldorado dos Carajás, no Pará. Só em Pernambuco foram oito áreas invadidas desde o início do mês – cinco no último fim de semana. Em nota, o movimento diz que estão sendo “ocupadas” terras “que não cumprem a função social da propriedade” e cobra o assentamento de famílias acampadas em todo o País.

 

A fazenda da Embrapa Semiárido fica em Petrolina, sul de Pernambuco. Segundo a empresa, a invasão aconteceu em terras agriculturáveis e de preservação da caatinga, onde são realizados experimentos e multiplicação de material genético básico de cultivares (sementes e mudas). Há risco de prejuízo às pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do bioma (caatinga). A área também abriga animais ameaçados de extinção.

 

Em nota, a empresa afirma que a ação “é inaceitável, visto que as terras são patrimônio do governo brasileiro, produtivas e destinadas ao uso exclusivo da Embrapa Semiárido para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações rurais”.

 

A Embrapa Semiárido declara ainda estar adotando as “medidas cabíveis” para solucionar a situação e destaca que a invasão da área “já está trazendo danos à condução de seus trabalhos e ao planejamento da execução de projetos e ações de pesquisa. “Por fim, a invasão traz prejuízos consideráveis a produtores e agricultores familiares da área de abrangência da atuação da nossa instituição, bem como para toda a sociedade”, diz a nota.

 

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) ainda não se pronunciou. Nos três primeiros meses do governo Lula, as invasões de terra superaram as ocupações registradas ao longo todo o primeiro ano do governo anterior, de Jair Bolsonaro.

1 Comment

  • Interessante, pois eu nunca vi tanta terra invadida com consentimento do governo como houve no governo do Bolsonaro. Por sinal até o momento muitas continuam ocupadas. A diferença é que são terras indígenas, que pertencem, por lei aqueles povos, isso sem falar na grilagem de terras, que também são invasões de terra da união

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