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29/04/2024



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O futuro da Advocacia

 O futuro da Advocacia

A Coluna HojePR – Direito e Justiça, discute o futuro da advocacia. Afinal, como bem disse Bob Dylan, “os tempos são a mudança”. Portanto, os desafios são múltiplos e imprevisíveis. Boa leitura.

O Direito é ciência viva, o que agrava discussões sobre o futuro da advocacia, a exemplo de outras ciências, como a medicina. De qualquer sorte, o exercício da advocacia é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária, com a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais (Art.3º. Ie II CF/88). E a história comprova que os verdadeiros advogados não se furtaram desse desiderato. Explica-se: por ocasião da independência do Brasil (1822), o advogado José Bonifácio de Andrada e Silva exerceu papel fundamental, o que o tornou conhecido como o patriarca da independência. O advogado Thomas Jefferson, por sua vez, exerceu papel decisivo quando da Declaração da Independência Americana (1776), sem esquecer de Abraham Lincoln por ocasião da Guerra Civil Americana, e de Mirabeau, principal redator da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789).

 

Sucede que a magia do exercício da advocacia não afasta suas dificuldades e complexidades, principalmente porque, na faculdade de Direito, o aprendizado limita-se às leis e aos princípios do Direito, o que não é suficiente. É necessário ensinar o exercício da advocacia, inclusive ouvir, compreender e proteger seu assistido. Não se trata de tarefa fácil, máxime em casos de envergadura e publicidade, quando a sociedade, manipulada pela mídia, exige solução, ainda que com transgressão aos princípios constitucionais, a exemplo do que sucedeu com a “Operação Lava Jato”.

 

No cenário atual, aliás, impera o debate sobre inteligência artificial (AI), justiça digital, balcão virtual, lawtech, visual law, sistemas de resolução on-line de conflitos, dentre outros. Enfim, justiça 5.0., cuja atividade advocatícia repetitiva é substituída pela tecnologia. Assim, o que se esperar dos advogados? No mínimo, simplicidade e objetividade, afastando o “juridiquês”. Conhecimento multidisciplinar no âmbito jurídico e no mercado, aliado a criatividade e interesse por tecnologia, também, são indispensáveis. Por óbvio, essas características auxiliam, embora não suficientes para resolver todos os dilemas do futuro da advocacia. Afinal, como bem disse Bob Dylan, “os tempos são a mudança”.

1 Comment

  • Excelente e oportuno texto!0

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