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Obras da Linha Verde devem ser retomadas em julho, diz secretário

17/03/2022

O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, disse, nesta quarta-feira (17), em audiência na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), que as obras da Linha Verde, paralisadas desde dezembro, devem ser retomadas em julho. Segundo ele, um edital para contratação de uma nova empresa está sob a análise da Procuradoria-Geral do Município e deve ser publicado nas próximas semanas. A previsão é realizar o certame presencial no mês de abril.

 

Em dezembro de 2021 a Prefeitura de Curitiba rescindiu o contrato com o Consórcio Estação Solar, formado pelas empreiteiras Vale das Pedras e Construtora Triunfo, por atrasos no cronograma do lote 4.1. O prazo para a conclusão do trecho de 2,84 quilômetros era novembro do ano passado, mas apenas 20% da obra estava concluída. “Temos a expectativa que ainda em julho deste ano teremos o retorno das obras do Atuba”, afirmou Rodrigues. O secretário também defendeu que mais de 80% das obras da Linha Verde já foram entregues.

 

Segundo o secretário, o projeto da Linha Verde é bastante complexo, “separado em lotes, em períodos distintos, sujeito a uma série de variáveis, como à flutuação de valores dos materiais de construção civil e aos impactos da pandemia”.

 

Durante a audiência, os vereadores apontaram transtornos causados pelos atrasos. Alguns parlamentares lembraram que as obras começaram em 2007, ao longo de diferentes gestões. Para o líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB), a pauta não é política, e sim técnica. “Na atual gestão, colocamos o dedo na ferida. Quando você cutuca, os problemas acabam aparecendo”, argumentou.

 

A vereadora Indiara Barbosa, que junto com a vereadora Amália Tortato foi responsável pelo convite ao secretário, citou os desafios enfrentados na região do trevo do Atuba, onde “mais de sete pistas se tornam uma”. “O que a população realmente pede é que a obra seja concluída o quanto antes”, declarou. Ela questionou, dentre outros pontos, por que em 2020 foi firmado contrato com a Triunfo, que desde junho do ano anterior já estaria em processo de recuperação judicial – o que iria contra as normas do edital.

 

Segundo o secretário, “a contratação teve respaldo jurídico. Se todos contratos que uma empresa em recuperação possui com o poder público forem revogados ela não terá como se reerguer e manter empregos”, disse Rodrigues.

 

Já a vereadora Amália Tortato questionou o “fatiamento excessivo” das obras, em diferentes lotes, e o impacto da inflação nos orçamentos. “Nossa conclusão é que os processos, quando envolvem obras públicas, são mais lentos, mais demorados. Existe um rito, [com] muita regulamentação, muito burocrático, na tentativa de resguardar o recurso público. Mas isso acaba tornando o processo mais demorado”.

 

Presidente da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e TI da Câmara Municipal, Mauro Bobato (Pode) pontuou se tratar de um projeto muito amplo, por meio de uma operação consorciada. “E de fato o que interessa é como se dará o término dessa obra”, concluiu. “A parte grossa foi feita. O processo jurídico foi respeitado.”

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