Com a homologação dos candidatos para as eleições de outubro a campanha já está oficialmente liberada e, em poucos dias, as emissoras de rádio e televisão começarão a apresentação dos programas eleitorais, onde cada candidato terá a oportunidade de apresentar suas propostas e pedir votos.
Neste domingo (7) tivemos, em vários estados, o primeiro debate entre os candidatos ao Governo do Estado, realizado pela BAND TV. A mesma emissora programou, para o dia 28 deste mês, o primeiro debate entre os candidatos a Presidente da República.
Aqui no Paraná o debate contou com a participação de quase todos os candidatos, o único que não compareceu foi o governador Ratinho Júnior, candidato a reeleição, porém a emissora manteve o lugar previsto e a sua cadeira ficou vazia durante todo o confronto.
A ausência pode ser explicada pelo fato de Ratinho Júnior ser o atual governador e estar liderando em todas as pesquisas. Para muitos analistas, quem está nesta posição não deve comparecer porque só tem a perder em função de virar o alvo de todos os demais debatedores.
Apesar de evitar alguns constrangimentos, a ausência pode ter um efeito negativo entre os eleitores que gostariam de ver o candidato debatendo e respondendo aos questionamentos, que continuaram a ser feitos para sua cadeira vazia.
Para quem esperava novidades e informações para tomada de decisão o primeiro debate trouxe pouca novidade.
Fora os ataques ao presidente Bolsonaro e ao governador Ratinho Júnior, que perdeu muito em não estar lá para responder, o debate acrescentou pouco ou quase nada ao que já se conhecia de cada um.
Como a maioria dos candidatos tem pouca vivência em eleição majoritária e em eventos deste tipo, parecia um jogral, onde nem mesmo a experiência e habilidade do ex-governador Roberto Requião pode ser demonstrada para aquecer o início da campanha.
Realmente, neste início de trabalho, logo após as convenções partidárias, os competidores ainda devem estar em aquecimento. Vamos esperar que nos próximos debates todos os candidatos compareçam, e com a campanha em andamento tenham mais conteúdo e propostas reais para os principais problemas do Estado.
Com o início da campanha liberado, os candidatos precisam correr para serem conhecidos e seus projetos compreendidos porque as próximas pesquisas divulgadas já serão avaliadas como tendência de voto e aprovação.
Como o período de campanha é muito curto, quem sair na frente já leva grande vantagem, e não haverá muito tempo para correção de rumo. Os eleitores estão muito voltados para a eleição presidencial e, nos raros momentos de aparição na mídia, os candidatos precisam ser contundentes e efetivos.
