Quando assumiu o cargo de secretário de Segurança, no dia 30 de abril de 2015, o policial federal Wagner Mesquita substituiu Fernando Francischini (União Brasil), afastado pelo então governador Beto Richa (PSDB) por um grave conflito com os professores. Mesquita tinha a função de amenizar a crise tanto política quanto dentro das corporações da PM e Polícia Civil. Sete anos depois, quase que na mesma data, o governador Ratinho Junior (PSD) usa a mesma tática para dar paz dentro da Secretaria de Segurança.
Mesquita foi hábil em amenizar a crise de Beto Richa. Richa ficou marcado por colocar a polícia contra os professores, que protestavam contra alterações previdenciárias dos servidores estaduais. O secretário de Segurança trocou o comando da PM e da Polícia Civil e trouxe alguns nomes de respeito para as duas corporações.
Mesquita priorizou, na gestão de Beto, a Polícia Civil, a qual tinha mais diálogo. E isto causou nova crise, pois os investimentos foram maiores na Policia Civil. Mesquita foi perdendo força e foi substituído pele delegado Julio Reis.
O governador Ratinho Junior deve torcer para que Mesquita não cometa o mesmo erro e que consiga formar uma ponte com a Polícia Militar. E, principalmente, possa rever o plano de melhorias anunciado em março, que é contestado por policiais militares e civis.