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16/05/2024

Ex-secretário de Urbanismo de Curitiba vira réu em operação contra corrupção

O ex-secretário de Habitação e Urbanismo da Prefeitura de Curitiba, Reginaldo Cordeiro (foto), tornou-se réu em um processo que apura a prática de corrupção na Secretaria durante a gestão do ex-prefeito Gustavo Fruet. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além de Cordeiro, outras duas pessoas investigadas na Operação Al-Barã II – Douglas Horn Borcath Junior, empresário do ramo da incorporação imobiliária, e Wener Vincent Yamada, funcionário da Borcath – também foram denunciadas.

Segundo o MP, os três foram denunciados pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva. A ação penal tramita na 13ª Vara Criminal de Curitiba. De acordo com as apurações do MP, entre os anos de 2013 e 2016 o empresário teria combinado o pagamento de benefícios ilegais ao ex-secretário, que teria atuado para viabilizar empreendimentos imobiliários da construtora, facilitando os trâmites de procedimentos administrativos necessários para a concessão de alvarás e outras exigências legais. De acordo com as investigações, em diversas situações o ex-gestor público teria afastado entraves e exigências legais, de modo irregular, autorizando obras que não estavam em total conformidade com os regulamentos urbanísticos.

Em troca, o então secretário teria recebido cessão gratuita de um apartamento “personalizado” para moradia, por cerca de um ano e meio, entre março de 2013 a agosto de 2014, com benefício estimado em R$ 81 mil à época, além de consultoria e auxílio para aquisição de outro imóvel. Nesse caso, empresa do grupo da construtora teria adquirido do ex-chefe da pasta Municipal um imóvel por R$ 300 mil, transação que o teria permitido fazer a aquisição do apartamento, em condições mais favoráveis. O imóvel “adquirido” pelo grupo imobiliário, entretanto, sequer passou para o nome da construtora, sendo efetivamente transferido somente um ano depois, em valor inferior (R$ 280 mil). Além disso, o Gaeco identificou depósitos bancários suspeitos na conta do ex-secretário.

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