Os secretários municipais da Saúde dos 399 municípios do Estado, em reunião da Comissão Intergestores Bipartite, realizada em Curitiba nesta quinta-feira (21), durante Encontro de Municípios do Paraná, decidiram solicitar apoio formal ao combate à dengue por meio de ofício enviado à Associação dos Município do Paraná (AMP).

 

A proposta de mobilização partiu da secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, que entende ser essencial a participação de toda sociedade no enfrentamento da dengue.

 

“Sem a participação de cada cidadão, não seremos capazes de eliminar os focos do Aedes egypti e evitar casos e mortes por dengue”, disse a secretária, que prontamente teve a adesão dos demais secretários.

 

O ofício 029-2024, assinado pelo presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-PR), Fábio de Mello, é uma forma de amplificar a mensagem dos secretários que enfrentam aumento de casos e sobrecarga do sistema de saúde em decorrência da dengue.

 

O documento contextualiza a situação enfrentada no Paraná e chama a atenção para a necessidade de serem adotadas ações preventivas em todos os municípios paranaenses.

 

Entre os pontos destacados, estão:

 

• O alto número de casos de dengue em todo país e em especial no Paraná, que confirmou 113.194 casos durante o período epidemiológico iniciado em 30 de julho de 2023;

 

• O fato de que 345 municípios paranaenses apresentaram casos autóctones de dengue, quando a doença é contraída localmente, e todos os municípios (399) já tiveram notificações;

 

• A condição climática, com aumento significativo das temperaturas em todo Estado e alto índice de chuvas, que contribuem para a proliferação do Aedes aegypt;

 

• O decreto de situação de emergência em saúde pública para a dengue, pelo período de 90 dias, editado pelo Governo do Estado.

 

Os secretários pedem o apoio da AMP para mobilizar os paranaenses, associações, órgãos públicos e privados a se unirem no combate à dengue, principalmente na eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

 

Finalizando o ofício, os secretários de saúde ressaltam a gravidade da doença, que pode matar. “A prevenção é a melhor estratégia para evitar casos e mortes por dengue”, diz o documento.

 

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