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28/03/2024



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Segurança e pedágio vão dificultar a vida de Ratinho Junior

 Segurança e pedágio vão dificultar a vida de Ratinho Junior

Dois obstáculos podem atrapalhar o caminho de reeleição do governador Ratinho Junior, que até então parecia tranquilo. O pedágio e a segurança pública serão temas dessa disputa. São pontas soltas que o governo evitou solucionar. O movimento na última terça-feira (27), de demora da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em entregar a documentação e formação da CPI da Segurança Pública, devem ser levados a sério pela equipe do governador.

 

O governo deu como concluso o processo de pedágio, anunciando datas e prazos que permitiriam ao governador Ratinho Junior ter um discurso pronto sobre esse tema. A turma da Secretaria de Infraestrutura apostava que, mesmo com a saída de Tarcísio Freitas, do cargo de ministro dos Transportes, o processo seguiria normalmente.

 

Freitas sabia enfrentar as cobranças do Tribunal de Contas da União (TCU) que vinha cobrando soluções para pendências que ficaram de diversas concessões no Brasil. O TCU já tinha se posicionado por falta de obras nas BR-101/RJ, BR-393/RJ, BR-101/SC, BR-116/PR/SC, BR-116/SP/PR, BR-153/SP, BR-116/324/BA, BR-101/ES/BA e também das do Anel de Integração.

 

Com a saída do ministro, que vinha levando o tema no fio do bigode, o TCU resolveu endurecer com os novos interlocutores. Tudo indica que o TCU não vai aprovar nada que tenha que responder no futuro em processos e brigas judiciais.

 

É aí que o Ratinho terá problemas. Se hoje já vem sendo questionado pela forma como o processo está sendo conduzido, será cobrado pelos questionamentos que o TCU tem sobre o processo de concessão do Anel de Integração. A demora vai servir para dar munição aos adversários, em especial para Roberto Requião (PT) e Cesar Silvestri Filho (PSDB). Ambos são críticos da concessão.

 

Segurança

Na outra frente, Ratinho Junior vem sendo cobrado para retirar do cargo o secretário de Segurança Pública, Coronel Romulo Marinho Soares. Cada vez mais isolado, sem apoio do corpo da Polícia Militar e muito menos da Polícia Civil, Marinho vem sendo cobrado pelas manifestações contra o governador das duas corporações e pelo fracasso do cerco em Guarapuava. Até o momento, nenhum bandido foi preso.

 

Marinho é herança deixada pelo general Luiz Felipe Carbonell, que antes era o secretário de Segurança e agora está na Itaipu. Carbonell faz lobby pelo amigo e tem como trunfo o recursos de R$ 130 milhões em obras rodoviárias, bancadas pela Itaipu. Ao longo da gestão de Ratinho Junior, a Itaipu aportou R$ 3 bilhões em recursos em obras no Estado.

 

Sem ter como trocar nesse momento, pois demonstraria fraqueza no caso de Guarapuava, o governador enfrenta a possibilidade de uma CPI da Segurança Pública, que pode ser aprovada, faltando apenas uma assinatura. Provavelmente, Ratinho vai tratorar para evitar que ela se forme. Mas não vai impedir o desgaste que está vivendo.

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