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28/04/2024

POLÍTICA

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Semana agitada na política paranaense. Confira o resumo

 Semana agitada na política paranaense. Confira o resumo

A semana que está terminando foi agitada na política paranaense. As notícias movimentaram o dia a dia que, de certa forma, andava dominado por uma certa pasmaceira. Desde o plano mirabolante do ex-presidente Jair Bolsonaro para atingir o governador Ratinho Junior, passando pela transferência frustrada do ex-governador Beto Richa para o PL, até as dificuldades do PT de Curitiba falar a mesma língua com o diretório nacional. Teve de tudo. Confira o resumo da semana política.

 

Gleisi frustra PT de Curitiba

A semana começou com a presidente nacional do PT dando um balde de água fria nos petistas de Curitiba que quererm ter candidatura própria à Prefeitura. A preferência é por uma aliança com Luciano Ducci, disse Gleisi. E explicou os motivos: o ex-prefeito está melhor colocado nas pesquisas eleitorais e faz parte de um projeto nacional, apoiado pelo presidente Lula, de coligações para vencer as eleições nas maiores capitais do país.

 

Gleisi disse, ainda, que a vaga de vice na chapa com Ducci devia ficar com o PT. Aí a situação se complica, à medida que lideranças do PSB preferem um vice do PDT do deputado Goura.

 

As declarações de Gleisi causaram muita gritaria. O deputado federal Zeca Dirceu partiu para o ataque e disse que mantinha sua pré-candidatura a prefeito de Curitiba e que a militância do PT do Paraná tem que ser respeitada nas decisões dos diretórios municipais referentes à participação do partido nas eleições municipais de outubro. “Qualquer decisão que venha interromper um processo que já está em curso é um desrespeito aos pré-candidatos já inscritos, ao diretório municipal e, principalmente, à militância que quer participar das eleições com candidatura própria do partido”, disse Zeca Dirceu a respeito da suspensão do encontro municipal marcado para 7 de abril.

 

Beto Richa trocando de partido

A notícia mais bombástica da semana foi uma eventual saída do ex-governador Beto Richa do PSDB. O destino seria o PL. Beto foi procurado pelo deputado Filipe Barros (PL), que atendia uma missão dada pelo ex-presidente Bolsonaro: viabilizar candidaturas capazes de vencer as eleições nas maiores cidades do Paraná.

 

Richa passou a quarta-feira (13) em reuniões com caciques do PL. A imprensa local ficou em polvorosa. Enquanto blogues apressados davam como certa, em manchetes garrafais, a entrada do ex-governador no PL e a confirmação da sua candidatura à Prefeitura de Curitiba, o HojePR esclarecia que as conversas envolviam tanto coligação entre o PL e o PSDB quanto a filiação de Beto no partido de Bolsonaro. E mais: que nada estava definido. E assim terminou a quarta-feira: sem qualquer definição, diferente do que muitos já anunciavam.

 

Na quinta, a realidade. O PSDB não aceitou a saída de Beto Richa do partido. Sem esse aceite, o ex-governador perderia o mandato de deputado federal caso resolvesse migrar para o PL. Beto decide ficar no PSDB, mas confirma a candidatura à Prefeitura. No final do dia ainda publica, nas redes sociais, uma nota de esclarecimento contando sua versão dos fatos.

 

Ricardo Arruda em situação complicada

Entre mortos e feridos na tentativa do PL contar com Beto Richa nos seus quadros, ninguém ficou em situação tão complicada quanto o deputado estadual Ricardo Arruda. Fabio Wajngarten, principal assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que irá acionar a Comissão de Ética do PL contra Arruda. “Política tem vez e hierarquia. Não é admissível um deputado estadual, com menos de 2% de intenções de votos, gravar escondido uma reunião no escritório do Presidente Jair Bolsonaro e agora atacar um deputado federal, aliado de primeira hora, em virtude da escolha do partido pelo nome do Paulo Martins a pré-candidato em Curitiba”, disse ele.

 

Bolsonaro não perdoa o fato do deputado paranaense ter filmado clandestinamente as reuniões em que o PL definia suas candidaturas. Arruda postou um dos vídeos, em que Beto Richa e o deputado Filipe Barros aparecem deixando a reunião com o ex-presidente, nas redes sociais. Outro vídeo gravado por Arruda incomodou Bolsonaro. Nele, o deputado aparece quase aos prantos reclamando do partido, e de Felipe Barros, em convidar Richa para entrar no PL.

 

A bronca de Arruda é que ele foi preterido por Bolsonaro, que diante da desistência do deputado Beto Richa (PSDB) em migrar para o PL, anunciou apoio à candidatura do ex-deputado Paulo Martins para a Prefeitura de Curitiba. Arruda pretendia ser o candidato do partido e chegou a anunciar que teria apoio do ex-presidente.

 

Pouca gente levou Arruda a sério, tanto que a Radar, que está preparando uma pesquisa eleitoral sobre a eleição em Curitiba, sequer o incluiu na sondagem. Ao contrário, é o nome de Paulo Martins que aparece nos questionários do instituto.

 

A ordem, segundo uma fonte do HojePR, é isolar Arruda. Sem apoio para ser candidato a prefeito de Curitiba, o deputado não será sequer bem vindo ao palanque de Paulo Martins, diz essa fonte.

 

A vingança de Bolsonaro

Outra notícia que agitou a política paranaense foi a mágoa de Bolsonaro com o governador Ratinho Junior. Segundo fontes do HojePR, o ex-presidente estaria aborrecido por conta da ausência de Ratinho na mega manifestação do final de fevereiro em São Paulo. Bolsonaro esperava que todos os governadores eleitos ou reeleitos pela coligação de 2022 estivessem no palanque. Ratinho Junior não foi.

 

Irritado, Bolsonaro teria orientado o partido no Paraná a suspender qualquer aliança que poderia estar em curso com o PSD. A ordem era ter candidatura própria nas maiores cidades do Estado. O ex-presidente também teria decidido que, em uma eventual cassação do mandato do senador Sergio Moro, a vaga seria disputada pela ex-primeira dama Michele.

 

Na sequência, Bolsonaro teria telefonado para o ex-deputado Paulo Martins, candidato natural do partido à vaga, e comunicado a decisão. Contrariado nas suas pretensões, Martins anunciou, no mesmo dia, que estava deixando a presidência do PL curitibano.

 

Prefeita de Ponta Grossa deixa o PSD

Uma reunião entre a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, com o governador Ratinho Junior, na terça-feira (12), ajudou Bolsonaro nos planos de se afastar do governador paranaense. Ratinho teria comunicado à prefeita que o candidato na cidade seria Marcelo Rangel e que estaria, portanto, retirando o apoio à reeleição de Schmidt.

 

De posse da informação, Filipe Barros articulou rapidamente a entrada de Schmidt no PL. Na quarta-feira,  enquanto Beto Richa conversava com Bolsonaro, Schmidt assinava, na presença do presidente do PL, Waldemar Costa Neto, do deputado federal Filipe Barros e do deputado estadual Thiago Amaral, a ficha de filiação no partido do ex-presidente. Uma baixa considerável no PSD de Ratinho Junior e uma dúvida no ar: Thiago Amaral vai disputar a prefeitura de Londrina pelo PSD ou pelo PL?

 

PT suspende definição sobre Curitiba

Na sexta-feira (15) o PT de Curitiba resolveu se movimentar. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente do partido na capital, Angelo Vanhoni, comunicou que a definição dos rumos na capital estava suspensa. Segundo ele, um grupo de petistas locais esteve com o presidente Lula e, nessa reunião, teria sido decidido que Curitiba, assim como Rio de Janeiro, João Pessoa e Recife, deveriam ter suas situações revistas na reunião do diretório nacional do partido, marcada para o dia 26.

 

“Nesse momento, está suspenso nosso calendário. Vamos acompanhar a discussão no diretório nacional. Após isso, convocaremos uma ruenião no diretório municipal para avaliar e redefinir nosso calendário de consulta aos filiados”, afirmou Vanhoni.

 

Esse movimento seria uma resposta do PT curitibano às declarações da deputada Gleisi Hoffmann sobre a preferência por uma aliança como o deputado Luciano Ducci.

 

Aprovação de Ratinho Junior e pesquisa no domingo

Duas notícias ainda agitariam o fim dessa semana corrida na política paranaense. No final da tarde de sexta-feira, a Justiça Eleitoral rejeitou duas liminares que pediam a impugnação da pesquisa eleitoral da Radar Inteligência, sobre a corrida eleitoral em Curitiba, que será divulgada no domingo.

 

Duas ações que pretendiam impedir a divulgação foram protocoladas pelo partido Novo, do deputado cassado Deltan Dalagnol, e pela Federação Brasil da Esperança (composta pelo PT, pelo PCdoB e pelo PV).

 

A aprovação recorde do governador Ratinho Junior encerrou a semana agitada. Segundo pesquisa divulgada pela Radar, 79,7% dos entrevistados aprovam Ratinho Junior e outros 60,3% avaliam que seu governo é bom ou ótimo.

 

O Instituto Radar Inteligência entrevistou presencialmente 1.350 eleitores em 49 municípios paranaenses em março de 2024, sendo 635 pessoas do sexo masculino e 715 do feminino, com idade desde 16 anos até mais de 59 anos. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95,5% e a margem de erro é estimada em 2,7 pontos percentuais.

 

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