O governador de São Paulo, João Doria, aposta que até metade de março esteja fechada a super federação partidária com o PSDB, MDB e União Brasil, além do Cidadania. Doria costura o acordo nacional com os dirigentes dos outros partidos e a aliança afetará diretamente a campanha de reeleição do governador Ratinho Junior (PSD).

A federação partidária acaba com os acordos firmados, como o MDB paranaense, e retira de Ratinho Junior puxadores de votos, como deputados da base e secretários. Vale o que manda a direção nacional e o acordo dura 4 anos.

Luciano Bivar, do União Brasil, está fechando o acordo com Baleia Rossi (MDB) e Bruno Araújo (PSDB), além de lideranças do Cidadania. E a conversa deve ser da cúpula, sem espaço para os líderes regionais.

Essa estratégia enfraquecerá os articuladores da parceria com o MDB, feitos por Renato Adur e Antônio Anibelli Netto, presidente do partido. Ambos venderam um MDB forte para Ratinho Junior.

Ratinho Junior vai perder apoios costurados com o União Brasil, como o prefeito de Curitiba, Rafael Greca. Vai enfrentar o candidato ao governo dessa grande aliança, que contará com o maior tempo de televisão e do fundo partidário, ultrapassando R$ 1 bilhão.

Outro problema será a saída de aliados do Cidadania do governo. De uma só tacada perde Rubinho Bueno, hoje na representação do governo em Brasília; Helio Wirbiski, secretário de Esportes. Também perde o apoio do deputado Douglas Fabrício, que tem o o apoio dos prefeitos da região de Campo Mourão (Comcam) e do deputado Tercílio Turini, de Londrina.

Não vai ser fácil ser o governador Ratinho Junior manter esses apoios. E a situação fica mais confusa com a possibilidade do governador viajar depois logo depois dessa provável super federação partidária.

André Lopes