Por Elis Ribas –
Se você acompanha o mercado, já deve ter ouvido esse termo. Se não, eu explico.
Em quatro quartas-feiras do ano de 2022, teremos anúncios simultâneos de taxa básica de juros brasileira e americana. Nesse dia, o mercado fica extremamente sensível e volátil.
E o que esperar?
Tanto Brasil quanto EUA estão passando por períodos de inflação muito mais alta do que o esperado. Quando a pandemia começou a mostrar sinais de melhora, vem uma guerra e o preço das commodities dispara. A previsão para os próximos meses ainda não agrada os economistas, que dizem que ambas seguirão nessa batida: ao infinito e além.
Subir a taxa básica é uma manobra para tentar contrair a economia. Falando de uma forma simples e deixando o economês de lado: o dinheiro fica mais caro.
Empréstimos, financiamentos, cartão de crédito, etc a juros altíssimos. Isso significa menos dinheiro no mercado, ou seja, as pessoas gastam menos, a demanda cai e, para voltar a vender, os preços diminuem. Caindo o preço, cai a inflação.
Por outro lado, com a Selic alta, a renda fixa volta a ser extremamente atraente, afinal o 1% ao mês é possível sem o risco da renda variável. Assim, a fuga da bolsa de valores e o recorde de venda de papéis como LCA, LCI e CDB, que contam com Fundo Garantidor de Crédito, é o novo normal das maiores casas de investimento do Brasil.
Nesse cenário de incertezas e cenários conturbados, informação e cautela são pontos cruciais na tomada de decisão de como gastar e investir o seu dinheiro.
*Esse texto não contém sugestão de investimentos. Para isso, contate um profissional.
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Elis Ribas é agente de investimentos e colunista do HojePR