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28/04/2024



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The Smiths: a doçura, a rebeldia e a harmonia dos ingleses

 The Smiths: a doçura, a rebeldia e a harmonia dos ingleses

Uma das bandas mais importantes da cena inglesa nos anos 1980 foi o The Smiths. Seus trabalhos sempre foram significantes e peculiares e, até hoje, imitados por muitos. Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce tornaram-se ícones da juventude inglesa da década. Seu terceiro álbum, The Queen Is Dead é, sem dúvida, sua obra prima. Lançado em 16 de junho de 1986, com produção de Morrissey e Johnny Marr, é pesado, contestador, soturno e debochado. E a capa, com Alain Delon, é sensacional.

 

 

Começa com a faixa-título, The Queen Is Dead, com a bateria de Joyce e o baixo de Rourke arrasando. A guitarra de Marr dá um toque de frescor na canção. E a voz de Morrissey é espetacular. Canta com sarcasmo e raiva ao mesmo tempo. O final é instrumental da melhor qualidade.

Frankly, Mr. Shankly é leve e pop. Morrissey declama a letra. Tem violões e percussão. E Marr estraçalhando com a guitarra. Baixo e bateria lineares, mas com competência.

A balada I Know It’s Over começa sussurrada por Morrissey e vai crescendo. A linha de baixo é maravilhosa. O violão de Marr é seguro. A letra: “And I know it’s over – still I cling. I don’t know where else I can go. Over and over and over and over…”. A melhor faixa do álbum.

Never Had No One Ever é lenta e pesada, com o baixo dando todo o andamento da canção. Tem teclados e guitarras bem definidas. E o vocal de Morrissey se destaca.

Cemetry Gates é uma aula de literatura britânica. A letra é maravilhosa. A guitarra é pop e descontraída. A bateria é bem leve, acompanhando o vocal despojado. Estupenda.

Bigmouth Strikes Again é raivosa. Morrissey e sua verve crítica à flor da pele. Coro de crianças no refrão é o destaque. A percussão também. Mas a guitarra de Marr é insuperável nesta canção. E fez muito sucesso nas rádios do mundo inteiro.

The Boy With The Thorn In His Side é sublime. A melodia é uma das melhores do rock inglês. Morrissey canta com paixão. Uma paixão eloquente. Daquelas canções que você escuta uma vez e já sai assobiando.

Vicar In A Tutu tem uma linha rockabilly. É divertida. Sua letra é uma crítica suave. Mas é uma crítica. E a dupla Morrissey/Marr sabia fazer isso com maestria.

There Is A Light That Never Goes Out é sobre o amor. Outra especialidade dessa dupla. Tem uma letra espetacular. “To die by your side. Well, the pleasure and privilegie is mine”. Teclados e guitarra soberbos. A linha da bateria dá o andamento da canção. Excelente.

Some Girls Are Bigger Than Others encerra o álbum. Com uma letra descompromissada, Morrissey e Marr dão um show no final. A voz e a guitarra são estonteantes. A bateria dita o ritmo. Um final fabuloso. Um álbum fabuloso. Um dos álbuns mais fabulosos do rock britânico. Um dos álbuns mais fabulosos da história do rock. Do bom e velho rock’n’roll.

 

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