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01/05/2024



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True crime ganha mais um conteúdo com “Dahmer: Um Canibal Americano”

 True crime ganha mais um conteúdo com “Dahmer: Um Canibal Americano”

A recém minissérie baseada em fatos reais “Dahmer: Um Canibal Americano” chegou chocando e embrulhando o estômago dos espectadores. Não é de hoje que sabemos do interesse de Ryan Murphy por horror, aos exemplos das séries “American Horror Story” com 10 temporadas e “Ratched”. Ainda, Murphy também traz na bagagem também séries que envovem casos de assassinatos chocantes nos EUA que envolveram a mídia em um nível absurdo, ao exemplo de “American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace”, dentre outros. Um dos grandes feitos de Murphy em suas produções no que se refere aos assassinos e vilões (quando ficção) é o fato de trazer um tom otimista oferecendo possível redenção. No entanto, não se perder ao retratar true crime.

Em sua nova parceria com gigante do streaming, Netflix, o cineasta traz a história – verídica – do serial killer que matou 17 jovens e crianças entre 1978 e 1991. Todos homens, não-brancos e gays. O assassino chocou a população na época, assim como a retratação do mesmo na série com teor documental, também choca. Métodos que incluíam necrofilia, estupro, mutilação e canabalismo, Dahmer recebeu apelido de “o açougueiro de Milwaukee”.

Dando vida ao personagem, Evan Peters surpreende com atuação. Já conhecido de Murphy, afinal, os dois trabalharam juntos em nove temporadas de American Horror Story. E, sim, ele não interpretava mocinhos, mas encarnava psicopatas, temporada atrás de temporada. Ainda que a minissérie tenha boa construção, boa produção e, naturalmente, cenas chocantes por conta do verídico implícito ali, ela também se esbalda em clichês de true crime que, do meu ponto de vista, cansam. O enfoque exacerbado da família problemática, a relação paterna determinante e por aí vai. Tem aquele quêzin de “já vimos essa história sendo contada”.

Outro ponto problemático é o fato de não vermos todas as vítimas ao longo dos episódios, para no final, vermos as fotos. É uma liberdade do criador da série fazer esse recorte e optar sobre como contar a história? Sim. No entanto, ainda que muito bem produzida com excelente atuação, nos dá a ideia de se basear muito mais no serial killer do que em minimamente falar das vítimas, tirando o episódio 6 que é excelente. Por outro lado, pensando no aspecto positivo, o caso escancarou a incompetência e o racismo da polícia local, afinal, o serial killer foi preso e solto diversas vezes. Os vizinhos não tiveram suas acusações levadas a sério.

Toda produção de Ryan Murphy vale a pena ser assistida. Naturalmente, a minissérie nova da Netflix acerta e erra. Trazer a história do maior serial killer dos EUA e acertar todos os tons e nuances, talvez não seja uma tarefa fácil mesmo. Mas aqui fica a indicação para os que gostam do gênero. E, ainda, deixo a indicação de Mindhunter da Netflix, série que se propõe a abordar a tentativa de explicar como funciona a mente de um serial killer.

 

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