Pular para o conteúdo

HojePR

KARIN-CABECA-COLUNA

O trampolim do Colégio Estadual do Paraná

11/09/2024

Trepei no muro e furtivamente fotografei o trampolim.

Sempre quis estudar no C.E.P. por causa da piscina. Meu desejo era pular da plataforma mais alta.

– Mas será que saltaria?

Em algum momento da vida todos chegamos à beira de um trampolim.

E a grande dúvida: pular ou não?

Sentimos medo. Cautela nunca é demais.

Mas também há algo que nos impulsiona a prosseguir.

Para os que repetidamente hesitam e se vêem obrigados a descer as escadas do trampolim de ré, lembro Fernando Pessoa: “às vésperas de não partir nunca, ao menos nunca precisou fazer as malas”.

E a vida segue nos apresentando vários trampolins: Prudência e cuidado são vitais. Coragem e decisão são asas. Com elas podemos voar.

trampolim
A foto foi tirada sem enxergar o que havia atrás do muro, apenas esticando os braços com o celular na mão. A recompensa foi esta!

Selecionei alguns depoimentos de ex alunos:

1. “Tínhamos uma iniciação esportiva integral nos anos 50. Atletismo e natação em mar/abr; salvo engano na ordem dos esportes, vôlei em maio/jun, basquete em ago/set, futebol em out/nov. Muitos dos meus colegas e amigos se tornaram atletas das várias modalidades citadas. Parabéns (in memorian) aos professores Hamilton Saporski e Gustavo Bayer, em nome de todos os outros que não consigo lembrar…” (Ruben Cesar Keinert).

2. Aprendi a nadar aí. Aulas de natação às 07h20m da manhã. Nadava 50m saíamos da piscina, corriamos por fora e mergulhavamos para nadar de novo! Inclusive no frio!!!! Batiamos RECORDs de corrida e depois iamos devagar nadando pela água que não era tão gelada na piscina grande!!! Bons tempos! A saída que era de bater queixos!!!” (Marcos Weber).

3. Meu pai, Germano Bayer, foi professor de Ed. Física no C.E.P. e meu professor! Nesta piscina ele me ensinou a nadar! Quantas saudades, pai querido !! (Eduardo Bayer Neto).

4. “Nunca tive coragem de pular. Minha menor nota foi na natação, compensava no atletismo para melhorar a média anual e participei de competições internas. Estudei no CEP 78/79/80, curso patologia clínica. Fiz cursos extra classe: meteorologia, espanhol, taxidermia e fui frequentadora assídua das bibliotecas, planetário e escolinha de artes no subsolo, um excelente colégio” (Isabel Luz Silva Husch).

5. Treinavamos, tanto a seleção do colégio (handball) quanto a de Curitiba no estágio coberto e nossa recompensa era a piscina no pós treino, ninguém trazia roupa de banho. Como era no escuro mesmo, todos pulavam de cueca (Marcos Assenheimer).

6. “Pulei deste trampolim e atuava como salva vidas durante os recreios. Nunca tive que salvar alguém. Cuidávamos mais da ordem e disciplina. Mas usar a touca vermelha e branca para destacar os salva vidas era um orgulho. Bons tempos estes de muito respeito e sem maldades” (Uwe Kotter).

7. “Último ano do ginásio. Com a camisa, de passadeiras nos ombros, toda assinada pelos amigos, por ter passado por média, tive que cumprir a promessa. Subi na última plataforma, fio na barriga, vou não vou, fui! Mergulhei de cabeça. Inesquecível” (José Oliva).

8. No meu tempo de CEP, so tinha um “corajoso” que pulava do mais alto: Herson Capri Freire. Atual ator da Globo. Foi meu colega em 1964, na 1 serie, 4 turma (Gil Edmar Linder).

9. Estudei no CEP. Amava !!! Sair da piscina até os vestuários era simplesmente congelante. Um colégio sensacional com vários laboratórios, professores maravilhosos. E de quebra, um abrigo antiaéreo (Jacqueline Taborda Ribas Vaz).

(A foto foi tirada sem enxergar o que havia atrás do muro, apenas esticando os braços com o celular na mão. A recompensa foi esta!).

Leia outras colunas da Karin Romanó aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *