Não – muito embora pareça – o texto não é só para os apreciadores de vinho; é uma dessas preciosidades de autoria desconhecida que circulam nas redes.

O tema é bem apropriado aos dias de hoje, quando a expressão latina do poeta Horácio se mostra cada vez mais apropriada; “Carpe Diem” – temos que aproveitar cada dia porque a vida é curta e em algumas situações devemos “meter o saca-rolha”:

“Outro dia eu estava com um amigo num restaurante, e vimos um vinho daqueles bons e caros. O garçom logo perguntou se queríamos uma garrafa daquela safra para acompanhar o pedido. E o meu amigo, sem pensar duas vezes, disse:

– Mete o saca-rolha!

Depois de darmos boas risadas com aquela expressão, ele contou que a frase servia para a vida. Disse que tempos atrás tinha perdido um grande amigo, que tinha uma adega enorme com vinhos caríssimos e os deixava lá, sem abrir. Mas aí ele morreu num acidente e a esposa acabou se casando com um homem mais jovem, que consumiu toda a adega em tempo recorde.

Depois disso, meu amigo começou a perceber quantas vezes na vida desperdiçou oportunidades, deixando para depois, sendo que “o depois” não existiu.

Fiquei refletindo sobre isso e hoje quero lhe perguntar:

– Quantas oportunidades você perdeu se preparando, sem agir? Quantas roupas deixou de usar esperando a ocasião especial? Quantas atitudes deixou de tomar, acreditando que sempre existiria a semana que vem, adiando seus sonhos?

Por isso, a dica é “mete o saca-rolha!”.

Abra a garrafa de sonhos, tome as atitudes que precisa tomar, pare de procrastinar achando que a vida é eterna e que você vai ter todo o tempo do mundo para tentar, cair, errar e seguir em frente.

“Mete o saca-rolha!” é a filosofia de vida do meu amigo, que diz que nunca viu carro-forte seguindo carro funerário. Para mim, é uma frase inspiradora.

Não deixe os bons vinhos para amanhã. Não espere para agir se a hora é agora, e não desperdice seu tempo acreditando que amanhã poderá fazer diferente.

O que a gente tem é hoje.

Então, mete o saca-rolha e siga em frente!”

Leia outras colunas do Gerson Guelmann aqui.

André Lopes