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28/04/2024



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Mais um casarão da avenida Batel

 Mais um casarão da avenida Batel

Villa Julieta: nome que até bem pouco tempo estava visivel próximo ao ático da entrada.

 

Isso reflete um costume de época, que era o de nomear as residências como homenagem à sua proprietária.

 

No caso, a casa pertencia originalmente ao casal Percy e Julieta (de Barros) Withers. Percy sucedeu o pai nos negócios de trigo e posteriormente, de embutidos.

 

Depois a residência foi adquirida por Emílio Romani, onde lá residiu por muitos anos com esposa e filha.

 

Fica na frente da Pracinha do Batel, bem na esquina da Av Batel com a Rua Des Costa Carvalho.

 

Quando os Romani se mudaram para lá, na década de 50, a Rua Des. Costa Carvalho era uma picada.

 

Não tinha muita coisa para aquele lado e as casas que tinham eram de madeira – bem poucas. Seguindo a rua, primeiro uma descidona e depois uma subidona – ia dar na sede campestre do Clube Juventus.

 

Os Romani tiveram uma filha e deram a ela o nome de DIANA.

 

E ele foi um industrial e comerciante de muito prestígio e seus produtos sempre foram referência para os curitibanos. O principal era o açúcar mas tinha o café e o sal.

 

E o nome da marca dos produtos que produzia era DIANA: AÇÚCAR DIANA, CAFÉ DIANA e SAL DIANA.

 

 

Lembro bem quando fui visitar a fábrica do Açúcar Diana.

 

Era pequena e na ocasião soube que o dono da fábrica tinha uma única filha cujo nome era Diana.

 

Aquilo me marcou e achava a logomarca da embalagem do açúcar bem atrativa e marcante – com uma moça empunhando um arco.

 

Sempre admirei esse nome e pensava até que quando fosse mãe, daria para minha filha.

 

Hoje o sal continua sendo fabricado pelo neto, Emílio Romani Neto – único filho de Diana.

 

Casa tão grande, família pequena. O açúcar Diana adoçou a mesa de tantos curitibanos durante tantos anos.

 

Contribuição da maravilhosa Vera Zanardini Hoffmann – um arquivo da Velha Curitiba

Como citou Rosana Olívëira Pereira: “Lembro do açúcar Diana, em uma embalagem de papel, branco, dobrado e colado em cima. Muito obrigada por contar a história”.

 

Segue contribuição de Luis Eduardo Coimbra de Manuel

“A casa pertencia originalmente ao casal Percy e Julieta (de Barros) Withers. Como você já mencionou em post anterior, a casa ao lado pertencia a William Withers (pai de Percy) e, um pouco adiante, estava a casa de Isabel Withers Gomm, irmã de Percy e filha de William, onde hoje está o Shopping Patio Batel. Parte daquele pedaço do Batel era originalmente a chácara da família Withers, “os ingleses do Batel”. Percy, além de suceder o pai nos negócios de trigo e, posteriormente, de embutidos, foi político, tendo sido Presidente da Câmara Municipal e Prefeito de Curitiba por alguns meses, no ano de 1920. Em 2020, ali do outro lado da rua, o Hospital Santa Cruz pintou um mural em homenagem ao centenário do “Prefeito Inglês de Curitiba”. Em algum momento da década de 1930, o casal mudou-se para a Rua João Gualberto, alguns metros abaixo da Capelinha da Glória, onde foi ser vizinho “de muro” de seu genro, Gabriel da Veiga, cuja casa recentemente foi transformada em Unidade de Preservação. Sou trineto de Percy e Julieta. Percy não conheci, mas com Julieta convivi até minha adolescência, já que ela passou dos 100 anos (faleceu em 1986, na mesma casa da Rua João Gualberto, recentemente demolida), e ouvi essas histórias da boca dela e, depois, da minha avó”.

 

Leia outras colunas da Karin Romanó aqui.

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