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27/04/2024

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Empresa lança primeiro serviço funerário feminino do Brasil, exclusivo para atendimento de mulheres

 Empresa lança primeiro serviço funerário feminino do Brasil, exclusivo para atendimento de mulheres

Mulheres atendendo mulheres, com a empatia única de quem conhece a realidade do mundo feminino. Essa prática muito comum nas áreas de estética e saúde chega agora a um novo território, ainda mais sensível e delicado: o serviço funerário. O primeiro serviço desse tipo no Brasil está sendo lançado em Curitiba neste Dia Internacional da Mulher. A ideia inovadora está baseada no respeito à privacidade e à feminilidade das falecidas, com foco em cuidado personalizado, desde o primeiro atendimento da família até a preparação do corpo.

 

Um grupo de mulheres, inicialmente com nove integrantes, foi contratado e treinado para todas as etapas que um funeral envolve. “Ao longo dos anos, no contato com inúmeras famílias, percebemos esse desejo. E não apenas sobre o manuseio do corpo, num momento de intimidade muito vulnerável. O embelezamento também é importante, denota respeito e traz conforto em meio à tristeza da despedida”, diz Maria de Lourdes Mildemberg, idealizadora da Maestra Serviço Funerário Feminino.

 

Área exclusiva para cerimônias de despedida

A nova empresa integra a Luto Curitiba, um dos grupos mais tradicionais do ramo funerário brasileiro, reunindo funerárias, cemitério, crematório e plano funeral na região metropolitana da capital paranaense. Uma particularidade envolve o lançamento: o serviço funerário feminino não poderá ser prestado em Curitiba porque o Serviço Funerário Municipal – administrado pela prefeitura – impõe um sistema de rodízio entre funerárias e um tabelamento de preços que não admite inovações.

 

“Nossa estrutura de atendimento está toda montada no município de Fazenda Rio Grande, que fica a apenas 30 km de Curitiba. As famílias que desejarem o serviço personalizado poderão fazer todos os procedimentos lá, desde o velório até o sepultamento ou cremação”, explica Luis Henrique Kuminek, diretor do Grupo Luto Curitiba.

 

Sob a coordenação de Maria de Lourdes, fundadora do Grupo Luto Curitiba, a nova marca foi criada e recebeu investimento inicial de R$ 1 milhão. O projeto incluiu a instalação de uma funerária exclusivamente para atender famílias de falecidas e um laboratório para tanatopraxia.

 

A estrutura também oferece capelas confortáveis e elegantes para velório e cerimônias de despedida, em uma área verde apropriada a momentos de reflexão e contemplação, junto ao Metropolitano Cemitério Parque. No mesmo local, a empresa mantém um crematório. A logística de transporte da pessoa falecida também está contemplada.

 

Demanda por personalização

O plano de negócios da Maestra Serviço Funerário Feminino incluiu estudos de mercado e uma modelagem que permitirá sua expansão no futuro para outras regiões do país, possivelmente em formato de franquia.

 

“Identificamos a crescente demanda por serviços funerários personalizados, em um setor tradicionalmente dominado por práticas padronizadas. O mercado potencial é muito interessante. Os preços vão refletir a especialização, ficando em torno de 40% a 60% acima da média do mercado. Futuramente, o serviço feminino também estará disponível como cláusula adicional nos planos da Luto Curitiba”, acrescenta Kuminek.

 

Pacotes de serviços

A inovação chega ao Brasil cercada de cuidados com cada detalhe. Maria de Lourdes conta que não se trata apenas de atender a uma demanda do mercado, mas também de respeitar a diversidade cultural e as necessidades individuais de cada família, estabelecendo um novo padrão de cuidado e sensibilidade no setor funerário.

 

A empresária fundou a Luto Curitiba há 35 anos, destacando-se num ramo que era essencialmente masculino e pouco especializado. Pioneira nessa época, ela segue inovando, o que aparece também na formação da primeira equipe exclusivamente feminina dentro do serviço funerário brasileiro.

 

Machismo x capacidade feminina

As agentes funerárias estão capacitadas para todas as atividades, incluindo as que exigem esforço físico. “Há técnica para tudo e elas estão preparadas. Também estão atentas às barreiras que vão encontrar num setor que ainda é dominado pelos homens e que está cercado de preconceito. Ao fazer o curso, as nossas agentes ouviram de seus treinadores que não encontrariam emprego. Mas essa é mais uma frente de trabalho em que as mulheres vão fazer toda a diferença”, diz Maria de Lourdes.

 

Da sua experiência pessoal nasceu o projeto Maestra, nome que remete ao domínio de uma arte e da capacidade de ensinar. “Toda mulher é uma professora da vida e merece a melhor homenagem”, diz.

 

Inicialmente três pacotes de serviços serão oferecidos. Conforme o pacote, podem variar a ornamentação, o tipo de caixão e a cremação ou sepultamento. Mas todos eles oferecem transporte e sala de velório, e o mais importante: a preparação do corpo por equipe feminina, o que inclui assepsia e técnicas de conservação conhecidas como tanatopraxia.

 

O que é “necroembelezamento”

Os serviços também contemplam penteado, maquiagem e manicure, que são feitas conforme orientação deixada pela falecida ou com informações da família. Esses cuidados podem ser acrescidos de muitos outros, como uso de perucas, cílios postiços, bijuterias e lenços. A técnica de necroembelezamento vai muito além, portanto, da tradicional necromaquiagem.

 

A equipe feminina de agentes funerárias – que vai usar uniforme com luvas brancas, especialmente desenhado para a função, e carro funerário próprio da marca – também recebeu treinamento para atender as famílias de forma sensível e acolhedora, desde o primeiro contato.

 

“Queremos entender os anseios da família enlutada e montar um roteiro personalizado com atenção a cada momento. A experiência mostra que logo após um óbito as pessoas têm que tomar cerca de 90 decisões de forma rápida. Nós existimos para aliviar essa pressão e garantir que tudo ocorra da forma mais leve possível”, diz Maria de Lourdes.

 

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