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28/04/2024



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Influencers Jurídicos (?)

 Influencers Jurídicos (?)

O mundo digital é um dado concreto. Inúmeras pessoas são íntimas em redes sociais, enquanto sequer se cumprimentam pessoalmente. No mínimo, estranho. Mesmo assim, as redes sociais multiplicam-se. Não bastasse o (já arcaico) Facebook, existem inúmeras redes sociais, a exemplo do Instagram, Linkedin, Tik Tok, Treads, X, dentre outros que estão por vir. Nesse inusitado cenário, surgem os influencers digitais, isto é, pessoas com capacidade de influenciar potenciais compradores de produtos, atuando por intermédio de recomendações de itens e serviços nas redes sociais. Por óbvio, são remunerados. Alguns percebendo cifras milionárias.

 

Como fenômeno social, o direito não poderia ficar alheio a esse universo digital e real da contemporaneidade. Surgem, assim, os “influencers jurídicos”. Isso mesmo, caro leitor(a). Ou seja, magistrados, promotores e advogados que passam a opinar sobre tudo e qualquer assunto jurídico; inclusive em determinados casos, ofertando dicas, opiniões e “cursos jurídicos” questionáveis. E assim, tornam-se populares, com milhões de seguidores. Aliás, alguns “influencers jurídicos” (?), infelizmente, esquecem da responsabilidade que possuem pela emissão de opiniões legais equivocadas, inclusive em transgressão ao Código de Ética da OAB/PR ou mesmo, quando aplicável, aos ditames da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

 

Espera-se que o Conselho Nacional de Justiça e as demais entidades de classe, acompanhem diuturnamente esse fenômeno, inclusive punindo aqueles que disseminam informações falsas e infundadas. Por óbvio, as redes sociais representam um caminho sem volta. Portanto, deve-se utiliza-las de modo ético, com intuito de transmitir o conhecimento e informações verídicas, desprovidas de vaidade. Todavia, nem sempre funciona assim. Com razão, portanto, o saudoso escritor e filósofo Umberto Eco, quando causou espanto anos atrás, ao expor ao mundo, em alto e bom tom, que a internet criava uma “legião de imbecis”. Afinal, segundo ele, qualquer pessoa poderia publicar um texto na internet, o que não sucedia anteriormente, uma vez que as publicações eram revisadas por conselhos editoriais. E o que é pior, ainda na ótica do pensador, esses autores (agora denominados influencers), criam uma comunidade de seguidores.

 

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