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27/04/2024

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Inteligência Artificial ajuda a reduzir 22% dos acidentes em empresa do setor de transporte rodoviário de cargas

 Inteligência Artificial ajuda a reduzir 22% dos acidentes em empresa do setor de transporte rodoviário de cargas

O mercado global de inteligência artificial alcançou um movimento de US$ 450 bilhões em 2022, segundo dados de um relatório da Kinea Investimentos. A projeção para os próximos anos aponta para um crescimento significativo com expectativa de aumento progressivo até atingir US$ 900 bilhões em 2026, representando uma evolução de 19% ao ano.

 

Com essa transformação digital, o transporte rodoviário de cargas também enxergou uma oportunidade de utilizar essas tecnologias para a redução de acidentes causados por fadiga, sonolência, distração e uso de aparelhos celulares. Nesse segmento, o avanço refere-se ao uso de técnicas de I.A, como machine learning e processamento de linguagem natural, para aprimorar e automatizar as operações logísticas. Esse avanço tecnológico permite que os sistemas analisem grandes volumes de dados em tempo real, identificando padrões e tomando decisões inteligentes para aprimorar a eficiência, segurança e economia no transporte de cargas.

 

Por meio da obtenção de dados relacionados à velocidade, frenagem, aceleração, rotação do motor e outros fatores, a inteligência artificial consegue reconhecer padrões e hábitos de direção inadequados ou perigosos. Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes, transportadora com mais de 40 anos, explica que a empresa tem investido nessas tecnologias como base para seu negócio e que os ganhos são significativos, principalmente em segurança.

 

“Temos utilizado bastante as tecnologias com inteligência artificial e enxergamos um grande potencial, tanto no monitoramento da condução, quanto na avaliação dos motoristas. Nossos caminhões são equipados com telemetria veicular, um aparelho que coleta informações do veículo e envia para um servidor junto com outros dados para análise, e temos câmera interna para fazer a identificação automática de padrões considerados arriscados na direção. Fadiga, sonolência, distração, uso de aparelhos celulares, são comportamentos que a IA identifica sozinha, e automaticamente envia um alerta para a equipe de segurança fazer a análise, ao mesmo tempo, emite alertas para o motorista dentro da cabine, tudo sem interferência manual”, comentou Ghelere.

 

A Ghelere Transportes implementou as câmeras e iniciou a utilização de IA implementadas nos caminhões em 2020, quando possuía 158 veículos na frota. Em 2023, com pouco mais de 300 veículos, a empresa conseguiu reduzir em 22% o número de ocorrências de sinistros por desatenção, quando comparado com 2020, ano do início das implementações. “Esse é um resultado tangível e um ganho na segurança absurdo. Pense que dobramos a quantidade absoluta de quilometragem e reduzimos de maneira significativa quaisquer incidentes, sendo o principal o sinistro por desatenção”, adicionou Eduardo.

 

Para alcançar sucesso na transição para a inteligência artificial no setor de transporte rodoviário de cargas, é essencial adotar práticas eficientes que assegurem resultados favoráveis, além da requalificação dos motoristas para lidar com caminhões que apresentam esse tipo de tecnologia. Eduardo comenta que na Ghelere, por meio de treinamentos especializados, a empresa capacita os motoristas no padrão da empresa rapidamente.

 

“A capacitação do nosso profissional começa desde o momento de integração, porque além do preparo para que os motoristas dirijam dentro dos padrões esperados pela empresa, o uso de IA requer uma adaptação cultural. Oferecemos atualizações e treinamentos online e presenciais. Usamos gamificação para incentivar e engajar os motoristas. O fato de toda a empresa ser incentivadora da inovação e ter em seu trabalho essas tecnologias, soma para que todos se adaptem”, adicionou o executivo.

 

Por fim, o diretor explica que para o futuro, a empresa espera diversas mudanças, oferecidas pela inteligência artificial. “A expectativa no futuro é que o veículo conduza sozinho, sendo que para carros de passeio isso já deve se tornar comum. No curto prazo, a gente espera realizar rotas inteligentes e fazer simulações em condições diferentes”.

 

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