O ex-governador Beto Richa anunciou, nesta quinta-feira (14), que decidiu ficar no PSDB. Beto confirmou, ainda, que é pré-candidato à Prefeitura de Curitiba. Segundo ele, o partido não liberou sua saída para o PL e, dessa forma, para não correr o risco de perder o mandato, a decisão foi pela permanência no ninho tucano.

Ao longo desta quarta-feira (13), blogues nativos, com pretensões proféticas, cravaram que Richa já estava dentro do PL. Em contato com assessores do deputado, o HojePR recebeu a informação que, diferente dessas certezas oraculares, nada estava definido e que Beto poderia sair apenas com uma coligação, ao invés de filiação no partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como manda o bom jornalismo e o cuidado e a responsabilidade devida, o portal deu essa informação aos seus leitores, anunciando que o tucano buscava dois caminhos no PL. De fato, não havia nada definido e no fim das contas, nem aliança entre PSDB e PL vai acontecer.

O HojePR ouviu várias fontes que revelaram os bastidores da tentativa do PL em levar Beto Richa para o partido. Segundo essas fontes, o convite para Beto ingressar no PL seria apenas um dos vários movimentos que o grupo de Bolsonaro estaria fazendo para detonar a aliança com o PSD do governador Ratinho Junior. Leia aqui.

Com o fim dessa novela, é consenso que quem mais perde é o PL de Curitiba. Sem Beto Richa, e nessa cruzada macarrônica de Bolsonaro contra Ratinho Junior, o partido terá que lançar um candidato próprio já que não lhe sobram partidos para coligar. Na semana passada, o deputado Ricardo Arruda, político de menor relevância, anunciou que seria ele esse candidato. Ontem, indignado com as conversas entre o PL e Beto Richa, divulgou um vídeo, quase aos prantos, reclamando da postura do deputado federal Felipe Barros, homem de confiança de Bolsonaro e que articulou a ida de Beto para o partido. Seu nome sequer foi incluído na pesquisa eleitoral que o Instituto Radar Inteligência está preparando para esse domingo (17).

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André Lopes