Na época em que a Prosdócimo estava lançando o freezer vertical, o primeiro do país a habitar a cozinha – antes os freezers eram horizontais e ficavam na área de serviço – fomos gravar o comercial de lançamento nos Estados Unidos. Éramos quatro: o diretor do comercial, João Carlos Serres, o fotógrafo Dico Kremer, eu […]Leia Mais
Sempre que precisava de alguém para pintar as paredes de casa, consertar uns caibros, arrumar cerca, meu pai chamava o Barata. Era um antigo marinheiro, alto, rosto duro, marcado pelas vicissitudes da vida. Sei lá em que baiuca se conheceram, talvez no Tiro de Guerra. O fato é que o Barata viveu alguns anos […]Leia Mais
Ele tinha todas as características dos velhos jornalistas de antigamente. Trabalhava em diversos empregos, usava paletós amarfanhados, conhecia todo mundo e tinha amante. Usava sempre cuecas e camisas brancas da mesma marca, o que facilitava a troca em qualquer das residências que habitava. Era função ingrata: exigia nervos de aço, total domínio da emoção. […]Leia Mais
Dia desses, no grupo de WhatsApp da Academia Paranaense de Letras, discutimos a reedição de autores paranaenses. A conversa incluiu Etel Frota, vivendo na Nova Zelândia, onde tenta traduzir a escritora Janet Frame, enquanto sofre nas mãos da sobrinha da autora, sua executora literária. Reedições e traduções padecem com suas circunstâncias. Aqui no Paraná […]Leia Mais
Os modernos navios internacionais de cruzeiros colocaram o Brasil na rota de verão no hemisfério sul a partir do fim da década de 1960, com o Andrea C, da Costa Crociere. Antes havia os navios operados pela Agaxtur, como Anna Nery, Rosa da Fonseca e os dois princesas, o Isabel e o Leopoldina, fazendo viagens […]Leia Mais
Na época em que tentava encontrar emprego decente no Rio de Janeiro, bati em dezenas de portas. Deixei de me submeter a um teste no Jornal do Brasil por conta da ínfima remuneração: o que o jornal oferecia aos repórteres iniciantes era o tanto que eu pagava de aluguel. Antes de ser abrigado por […]Leia Mais
Todas as regiões do mundo têm suas maneiras próprias de expressão. As pessoas falam de forma diferente, embora muitas vezes compartilhem o mesmo idioma. Por exemplo, novelas dubladas na Venezuela são rechaçadas na Argentina por conta do sotaque, que lhes soa estranho. O Brasil, com seus mais de oito milhões de km², abriga diferentes […]Leia Mais
Depois que Graham Bell inventou o telefone, em 1876, o mundo nunca mais foi o mesmo. Com o aparelho, pela primeira vez as pessoas podiam conversar à distância por meio da voz. Quase 150 anos depois o telefone continua sendo um veículo de comunicação pessoal poderoso, mas nem tanto pelo uso da voz. Hoje, […]Leia Mais
Andar em linha reta não é o maior dos desafios para quem é considerado normal, embora o equilíbrio às vezes possa sumir. Problemas de labirinto, efeitos de medicação ou falta de atenção onde pisar causam estragos cujos tamanhos variam das simples escoriações a quase desastres. Há também o caso de Ronald Reagan, de quem se […]Leia Mais
Há algum tempo fui visitado por um sujeito vindo de outra região brasileira, dando-se ares professorais, como quem vinha se radicar no Paraná para distribuir ensinamentos aos pobres locais. “Esta terra não tem história”, garantiu-me. Resolvi rebatê-lo com palavras educadas, ainda que o primeiro impulso tenha sido o de mandá-lo às favas. Com toda […]Leia Mais