Se o título fosse “A pessoa é sua biblioteca” também ficaria bem, porém aqueles que não possuem livros iriam alegar o fato de, ainda assim, continuarem a ser pessoas. E há muitos nessa condição, por ignorância, falta de recursos ou desapego. No que me toca, a compulsão pelos livros surgiu ao ganhar do meu […]Leia Mais
Hermann estava a caminhar pelas ruas do centro, indo de banco em banco, até completarem os oito em que mantinha contas correntes, tratando de cobrir os cheques especiais que o salvariam durante o mês, em troca dos juros escorchantes de praxe, quando se viu abatido por certo cansaço, descrença na utilidade daquela romaria bancária, que […]Leia Mais
Meu amigo Hermann Sheffield, inglês nascido em lugar incerto no Brasil, por paradoxal que pareça, já encarnou aventuras fisiológicas das mais constrangedoras. Borrou-se nas águas cristalinas de uma cachoeira, afundou a perna no esgoto a caminho do mar com o anel de noivado na mão, enquanto sua namorada Rosita o aguardava na areia, entre outros […]Leia Mais
Tive a ventura de estudar no Colégio Estadual do Paraná, na era do gelo em Curitiba – fazia muito frio naqueles tempos imemoriais em que troquei os dogmas religiosos do Colégio Santa Maria pelas discussões políticas, exacerbadas nos dias do golpe militar de 1964. A turma do CS (Ciências Sociais) era privilegiada. Não só […]Leia Mais
O causo foi contado por Raphael Chociai, meu colega de turma na Faculdade de Direito, há muitos anos radicado no Mato Grosso do Sul, onde exerce funções cartoriais, musicais, poéticas e divertidas. “Mário era um bon vivant, seresteiro de Corumbá, sempre com uma história na algibeira. Contou ele que, certa noite, ao final de […]Leia Mais
Hoje meu pai faria 101 anos. Viveu pouco mais que a metade disso, apenas 54 anos. Arino Brazil Cubas Buchmann foi embora de repente: baixou a cabeça para colocar isca no anzol, dentro de um pequeno barco, no mar da praia de Itajuba, entre Barra Velha e Piçarras, ao amanhecer do dia 20 de fevereiro […]Leia Mais
O rapaz tinha nascido com o bumbum para a lua, filho e neto de famílias tradicionais no Paraná e no país. Não teve maiores dificuldades na infância e na adolescência, além de pequenos contratempos resolvidos por seus zelosos pais. Frequentador do seleto Country Club, teve cedo a oportunidade de conhecer a Europa e os Estados […]Leia Mais
No ano passado, Virmond disse uma frase que me tocou o coração: – Você é um dos meus três melhores amigos. Fiquei perplexo: como um homem com tamanha cultura, com um rol de amigos que excedia ao país, podia me considerar um dos melhores? – É você, o Aldo Almeida e o […]Leia Mais
Em 2013, na coletânea de crônicas que fiz publicar com o título de O Homem Com Dois Lados Esquerdos, incluí o texto abaixo, homenagem à simplicidade e o imenso talento de Poty Lazzarotto, falecido há 25 anos. “Ele veio chegando, sandálias de franciscano, rosto redondo de eslavo que não era, antes italiano com nome […]Leia Mais
Há tempos encontrei em São Paulo um redator publicitário das antigas, com quem eu havia trabalhado décadas antes. Era dono de algum talento, mas as grandes agências tinham-lhe fechado as portas. Restou migrar para o interior paulista, onde assumiu o setor de comunicação de um laboratório farmacêutico. Entre um café e outro me contou a […]Leia Mais